O deputado Daniel
Silveira (UB-RJ) colocou a tornozeleira eletrônica nesta 5ª
feira (31.mar.2022), 2 dias depois de o ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal) Alexandre de Moraes determinar a instalação “imediata” do aparelho. As informações são de Caio Spechoto/Poder 360.
Silveira
foi à superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, em Brasília. Na
saída, o deputado bolsonarista disse que a ação é irregular e criticou Moraes.
“Não
existe defesa, existe acusação”, disse ele. “Não cabe recurso ao
ministro Alexandre de Moraes. Ele simplesmente ignora”, declarou o deputado.
Silveira
tem defendido que seria necessária autorização do plenário da Câmara para o
cumprimento da decisão –como aconteceu no ano passado, quando ele foi preso.
O
deputado bolsonarista proferiu uma espécie de slogan político com a
situação. “Coloquei [a tornozeleira] nessa perna porque tudo de
ruim é na esquerda”.
Silveira
havia recusado a instalação do aparelho na 4ª feira
(30.mar). Ele topou colocar o dispositivo depois de Moraes
fixar multa de R$ 15.000 por dia ao deputado caso não fosse
fixado o equipamento.
O
deputado dormiu na Câmara de 3ª para 4ª feira para evitar o cumprimento da
decisão.
Ele
deixou a Casa na noite de 4ª feira e foi para seu apartamento funcional. Voltou
à Câmara cerca de 8h, hora na qual, segundo seu grupo político, colocaria a
tornozeleira.
Em
seguida, foi ao Palácio do Planalto –Silveira é aliado de Jair Bolsonaro (PL).
Acompanhou a cerimônia na sede do governo federal. Só depois foi à PF.
O
caso de Silveira remonta a 2021, quando Moraes mandou –e o STF referendou– prender o deputado depois de ele gravar e
publicar vídeo com ofensas a ministros da Corte. A decisão também teve o ok da Câmara.
O
deputado passou cerca de 8 meses em prisão domiciliar, com a tornozeleira. Em
novembro, Moraes revogou a prisão, mas manteve medidas cautelares –como
proibição ao uso de redes sociais.
O
presidente do STF, Luiz Fux, marcou para 20 de abril o julgamento de Daniel
Silveira. Ele é réu por suposta incitação de atos com pautas antidemocráticas
contra instituições e integrantes do Supremo.
O
movimento de Fux veio depois de o presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), afirmar que “seria desejável” que o Supremo
analisasse o caso logo.
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Uma correção: não foram 8 meses em prisão domiciliar. Foram 9 meses de carcere privado e MENOS DE 1 MÊS em prisão domiciliar
ResponderExcluirAs informações são de Caio Spechoto do Poder 360.Grato pela correção!
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