Um advogado mandou os desembargadores da 3ª
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3, de Minas Gerais)
para a "casa do caralho" e para a "puta que te pariu" na
sessão telepresencial desta quarta-feira (16/12)
No julgamento, que debatia depósitos recursais, o advogado, após não
conseguir conexão algumas vezes, sustentou a respeito de dois agravos. Após a
sustentação, o desembargador Milton Vasques Thibau de Almeida, relator,
proferiu voto.
A juíza Maria Cristina Caixeta ficou, então, em dúvida sobre o que
foi dito, e foi orientada por Milton: "Doutora Maria Cristina, julgue
o voto, e desconsidere a sustentação oral, que só tá fazendo confusão".
Alguém riu ao fundo, e o advogado começou a intervir: "Excelência, data
venia pela ordem"
O desembargador Luís Felipe Lopes Boson interrompeu: "Doutor,
o senhor não tá com a palavra, não". O advogado respondeu: "O
eminente desembargador se referiu à minha sustentação. Ela está tão confusa
quanto o voto do eminente relator, que não deixou claro". Boson retruca:
"Mas aqui não há direito de resposta, aqui não é imprensa, não"
O advogado tinha começado a reclamar da "tecnologia tosca
colocada à disposição" quando Milton Vasques Thibau de Almeida avisou que
iria pedir vista e mudar o voto no caso. O advogado então se exaltou:
"Inclusive se quiser ir pra casa do caralho vá também, vossa
excelência
Milton pediu que isso constasse na fita de transcrição. O advogado
continuou: "E vai pra puta que te pariu, foda-se". Espero que
essa [transcrição] esteja disponível, porque quando o eminente relator de
outra turma falou uma coisa e saiu no acórdão outra, isso não saiu na
transcrição, meus senhores. Vocês estão ferrando o advogado só porque ele é
pobre, olha onde ele mora: numa porra de um quitinete de meio metro quadrado.
Pra ouvir isso aí? Poxa vida. Vossas excelências estão aí em berço de ouro,
sejam mais conscientes.
Luís Felipe então perguntou se o relator ainda queria pedir vista e
tirar o julgamento de pauta, e determinou que o advogado, que continuava falando
ao fundo, fosse silenciado, o que foi feito.
Com informações da Revista Consultor Jurídico
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Gostaria muito de saber o nome deste advogado, pois ele possui o meu respeito. Advogo há mais de 12 anos e o que vejo é apenas o descaso aos advogados. Nossas petições sequer são lidas. Nosso trabalho sequer é avaliado...e vale lembrar que não é quem ganha rios de dinheiro que prolata sentenças, pois estas são redigidas por escreventes, sendo assim, os mantidos em berço de ouro ganham fortunas para apenas assinar o que nem sequer fizeram.
ResponderExcluirBoa noite Camila, o nome do advogado em questão foi omitido por questões éticas e para preserva-lo, mas no vídeo aparece a imagem dele com o rosto completo.
ResponderExcluirPostar um comentário