Mais
de R$ 3,7 bilhões — esse é o valor que bandidos devem lucrar até 2027 com
golpes via PIX. O valor foi estimado e divulgado pelo Relatório de Fraude
Scamscope, desenvolvido pela ACI
Worldwide em parceria com a GlobalData. E mostra que apesar da evolução da
tecnologia, ainda há um longo caminho a percorrer para aumentar a segurança do
usuário.
Segundo
o advogado especialista em Direito Bancário, Luís Guilherme Martins Lima, os
golpes mais comuns com PIX e outras transações digitais são clonagem de
WhatsApp, perfis falsos no WhatsApp, falsos funcionários de bancos e QR Codes
adulterados.
“Na
clonagem de WhatsApp, o golpista finge ser de uma empresa e pede o código de
segurança, se a pessoa não tiver acionado a segurança em duas etapas, o
criminoso rouba o perfil dela, depois o golpista pede dinheiro aos contatos da
vítima por WhatsApp. É muito difícil recuperar esse dinheiro, porque a pessoa
transferiu voluntariamente, mesmo que enganada”, esclarece o advogado.
Outros
crimes comuns
Perfil
falso no WhatsApp: Outro golpe muito comum que envolve o PIX é o do perfil
falso no WhatsApp. Neste caso, o criminoso cria um perfil falso usando a foto
da vítima, entra em contato com os amigos e parentes dela, diz que mudou de
número e pede dinheiro de forma urgente pelo PIX.
Falso
funcionário de banco: Neste caso o golpista se passa por um funcionário de
banco e pede para a vítima fazer uma transferência ou passar informações.
QR
Code adulterado: O criminoso troca códigos de doações em lives por um código
que direcione o dinheiro para o golpista.
Para
evitar cair em golpes
O
advogado Luís Guilherme Lima dá algumas orientações para evitar cair em golpes.
“Sempre
verifique quem é o remetente dos e-mails e evite clicar em links suspeitos. Não
clique em links para cadastrar a chave PIX que chegam por e-mail, WhatsApp,
redes sociais ou SMS, faça isso só em canais oficiais dos bancos, como aplicativos
de Internet Banking. Nunca compartilhe o código de verificação que você recebe
ao cadastrar a chave PIX. Confirme sempre com amigos ou parentes — por ligações
— se realmente foram eles que pediram dinheiro antes de fazer a transferência.”
Além
disso, mantenha a autenticação de dois fatores ativada e evite informações
sensíveis por telefone ou mensagem, alerta o especialista.
O
que fazer quando notar que caiu num golpe
Se
você for vítima de um golpe, a primeira coisa a fazer é bloquear seus cartões
de crédito e débito, carteiras digitais e outros serviços financeiros que
possam estar comprometidos.
“Depois
avise ao banco sobre a sua situação para que eles monitorem qualquer atividade
suspeita e, se possível, revertam as transações” , indica o advogado.
Além disso, é importante trocar todas as senhas que possam ter sido
comprometidas — e-mail, redes sociais e contas bancárias.
Em
seguida faça um boletim de ocorrência e avise seus amigos e familiares, já que
os golpistas — em poder das suas informações — podem tentar fazer golpes com
pessoas próximas.
Além
disso, é importante procurar um advogado, de preferência especialista em
direito do consumidor ou direto bancário, para que ele possa te orientar como
proceder legalmente para tentar recuperar os valores perdidos e proteger seus
direitos.
Fonte: Brasil 61
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