©Glenn Abelson Unsplash
Da
Redação
Um temporal em Vilhena, município de Rondônia, causou a morte de gado numa fazenda. É que a chuva forte chegou com muitos raios. E um deles atingiu uma área arborizada onde os bois descansavam debaixo de árvores.
Dezessete
morreram na hora, segundo proprietário da fazenda. Eles eram garrotes com cerca
de 12 arrobas cada.
O
Brasil tem registrado muitos casos de raios por todo o território e todo
cuidado é pouco para evitar acidentes, que podem ser fatais.
No
dia 7/2, um homem morreu atingido por um raio em Saquarema durante temporal em
várias cidades do estado do Rio de Janeiro.
Recentemente,
o lavrador José dos Reis, de 41anos, também morreu após ser atingido por um
raio no povoado Centro da Floresta, na zona rural de Colinas, município
localizado a 437 km de São Luís, no Maranhão.
Há
dias em que o número de raios é incrível. O Brasil foi atingido por 740.195
raios no dia 11/1/2023. Só no Mato Grosso do Sul foram 170.930 raios!
Em
segundo lugar ficou Minas Gerais, com 137.604 raios. E em seguida Tocantins com
80.486 raios.
Uma
temporada de raios chama atenção e acende o alerta para os cuidados com a
prevenção de acidentes. Recentemente, o fotógrafo Fernando Braga flagrou um
raio caindo na cabeça do Cristo Redentor, no Corcovado (Rio de Janeiro). A
imagem viralizou nas redes sociais e ele disse que fez mais de 500 tentativas
antes de conseguir o flagrante
O
Brasil registra, a cada ano, 110 mortes causadas por raios. A maioria das
vítimas estava em condições adversas, em meio à tempestade.
O
Brasil é o país com a maior incidência de raios do mundo, registrando, em
média, 70 milhões de descargas por ano, segundo levantamento do Grupo de
Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE).
A época de verão, com chuvas fortes, é arriscada. Entre janeiro e fevereiro de 2022, foram registrados cerca de 17 milhões de raios – sendo 8,8 milhões em janeiro e 8,2 milhões em fevereiro – e 27 milhões de descargas dentro das nuvens.
A
Climatempo explica que, por isso, embora os raios possam ocorrer em todas as
estações do ano, a sua maior incidência é no verão, com a formação de grandes
nuvens cumulonimbus.
Isso
equivale a um aumento de 29% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram
registrados 7 milhões de raios em janeiro e 6,2 milhões em fevereiro.
Mas
os raios ocorrem em qualquer época do ano. As descargas elétricas podem ocorrer
entre nuvens. Já os raios chegam ao solo e podem atingir pessoas, animais e a
flora.
O
verão é a estação com maior incidência de chuva forte, com nuvens encorpadas
onde as descargas elétricas se formam.
Essas nuvens, chamadas cumulonimbus, são formadas pela ação de ventos que ganham massa e volume, com grande desenvolvimento vertical. Elas ficam bem encorpadas no topo e propiciam tempestades com raios.
O
Amazonas é atingido por raios com frequência. O desmatamento na Amazônia, a
elevação da temperatura e o fenômeno La Niña se unem ao fato de que o Brasil é
a maior área tropical do planeta com verão quente e úmido. Combinação perfeita
para a formação de tempestades.
O
Piauí é um dos estados mais atingidos. No dia 3/2 deste ano de 2023, a capital
Teresina foi alvo de 8.538 raios! Em 2022, o estado já havia registrado um
aumento de 52,49% no número de raios que caíram no solo, segundo o ClimaTempo.
Foi no Piauí que o árbitro Valdinar Rodrigues de Jesus (à esquerda na foto), 49 anos, morreu em 12/3/2022, atingido por um raio quando apitava uma partida de futebol na zona rural de Capitão de Campos. O jogo valia pela Copa Jatobá e chovia muito forte.
Na
ocasião, a morte do árbitro trouxe à tona, mais uma vez, a preocupação com a
incidência de raios em locais abertos que têm vegetação. A exposição à chuva
com raios em áreas verdes representa um risco.
Um
levantamento feito pelo Inpe - o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - em
2020 apontou que, neste século XXI, mais de 2 mil pessoas morreram atingidas
por raios no Brasil. É o sétimo país no ranking mundial.
33%
das vítimas estavam em área rural descampada, a maioria trabalhando na lavoura.
21%
estavam em casa! Alguns encostados em janelas ou portas; outros ao telefone; ou
perto de aparelhos conectados à energia elétrica.
9%
estavam embaixo de árvores, tentando se proteger da chuva ou colhendo frutos;
ou caminhando em área arborizada, como praças ou jardins.
Um
levantamento feito pelo Inpe - o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - em
2020 apontou que, neste século XXI, já ocorreram 2.194 mortes provocadas por
raios no Brasil: uma média de 110 casos por ano. É o sétimo país no ranking
mundial.
A
corrente do raio pode causar queimaduras e outros danos ao corpo. A maioria das
pessoas que morrem atingidas por raio tem parada cardíaca e respiratória.
Em
fevereiro de 2022, um novo recorde foi anunciado pela Organização Meteorológica
Mundial (OMM). Um raio de 768 km cortou o céu dos Estados Unidos, passando pelo
Texas, Luisiana e Mississippi. Antes disso, o Brasil era detentor do título de
maior raio já registrado: 709 km, em 2018.
A
OMM também divulgou qual o raio de maior duração: 17,1 segundos, ligando o norte
da Argentina ao Uruguai, em 2020.
A
probabilidade de uma pessoa ser atingida por um raio, de acordo com o INPE, é
de 1 em 1 milhão. Mas se a pessoa estiver com condições adversas, como numa
área descampada, o risco passa a ser de 1 em 1.000.
Por
isso, em caso de tempestade, não fique em áreas abertas, muito menos perto de
água, plantas ou objetos conectados à eletricidade. Ninguém morreu dentro de um
veículo fechado. Essa é considerada uma das melhores formas de proteção durante
tempestades.
Fonte: Flipar
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