Foto ilustração
Levantamento
do Poder360 mostra que 13 Estados estão aumentando a alíquota modal
do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços) para compensar as perdas de arrecadação provocadas pela mudança no tributo em 2022. As demais Unidades da
Federação optaram por manter o imposto.
O
ICMS é a principal fonte de arrecadação Estados. O dinheiro é utilizado para
bancar serviços como saúde, educação e salários dos funcionários públicos. Em
junho de 2022, o então presidente Jair
Bolsonaro (PL) e aliados no Congresso implementaram a redução do teto
do ICMS para diminuir o preço dos combustíveis, telecomunicações e energia
elétrica. E os governadores perderam dinheiro com a mudança.
A
estratégia dos governantes para compensar parte das perdas com o tributo em
algumas categorias foi subir a alíquota modal para os outros bens e serviços.
Calcula-se que a manobra resultará em um aumento de receita de ao menos R$ 6
bilhões por ano, conta que representará maior carga tributária para as pessoas
e para as empresas.
Sergipe
registrou o maior avanço do imposto: subiu o ICMS de 18% para 22%. A medida
será implementada a partir de abril de 2023. A expectativa do governo local é
de que, com a medida, a arrecadação supere R$ 400 milhões neste ano.
No
Rio Grande do Norte, o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa define uma
revogação da lei – que aumentou o ICMS de 18% para 20% – caso o governo federal
compense as perdas de arrecadação dos Estados.
O
governo Lula propôs repassar R$ 26 bilhões aos Estados para compensar a queda
na arrecadação, informou Carlos Eduardo Xavier, presidente da Comsefaz, comitê
que reúne os secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal.
Inicialmente, a União havia proposto R$ 22 bilhões. A proposta deve ser avaliada
pelos Estados na 1ª quinzena de março. Os governadores pedem R$ 45 bilhões.
“Os
Estados que aumentaram [a alíquota] fizeram com base no estudo da
Comsefaz. Esse estudo foi individualizado por Estado. No nosso caso, no Rio
Grande do Norte, o estudo sugeria que, para recompor as nossas receitas de
2022, a gente teria que ir para uma alíquota de 22,4% e a gente só conseguiu
aprovar na Assembleia Legislativa um aumento de 20%”, disse Xavier que também é
secretário de tributação do Rio Grande do Norte.
A
Assembleia Legislativa do Ceará aprovou neste mês o aumento do ICMS para 20%. A
medida, porém, só vale a partir de 2024. Atualmente, a alíquota está em 18%. O
Estado estima arrecadar no ano que vem R$ 1,96 bilhão com a mudança.
“É
fundamental até no contexto da reforma tributária. A reforma tributária precisa
vir com o ICMS minimamente recomposto para que a gente faça uma reforma no
patamar que a gente tinha antes das alterações. Se a gente estiver no patamar
em que a gente está agora, os Estados vão sair muito prejudicados porque a base
de arrecadação dos Estados hoje é bem inferior ao que era antes dessas duas
legislações [lei complementar 194 e 192]“, afirmou.
Para
os Estados, a mudança representará uma “recomposição” por causa da
perda em 2022 e em 2023.
Segundo
o Comsefaz, os
aumentos aprovados pelas assembleias estaduais são menores que o necessário
para recuperar as quedas de arrecadação.
Limite do ICMS
O
governo federal sancionou em junho de 2022 projeto de lei que limita o
ICMS sobre o diesel, a gasolina, a energia elétrica, as comunicações e os
transportes coletivos. O então presidente Jair
Bolsonaro (PL) vetou os dispositivos que previam compensação
financeira para os Estados. O ICMS representou 86% da arrecadação dos Estados
em 2021, isto é, R$ 652 bilhões.
Com
a mudança, combustíveis, telecomunicações e energia passaram a ser itens
considerados essenciais e indispensáveis. O projeto criou uma faixa de 17% a
18% para a cobrança de ICMS sobre esses produtos.
Com informações do poder 360.
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