IMBRÓGLIO: União Brasil critica fala de Gleisi sobre Juscelino Filho: "“dois pesos e duas medidas para tratar de assuntos inerentes à vida pública“.

As bancadas do União Brasil na Câmara dos Deputados e no Senado divulgaram uma nota neste domingo (5.mar.2023) criticando as declarações da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. As informações são Carolina Nogueira/ Poder 360.

Em nota, o partido diz lamentar que Gleisi utilize “dois pesos e duas medidas para tratar de assuntos inerentes à vida pública“. O documento foi assinado pelos líderes na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e no Senado, Efraim Filho (PB). 


“Quando atitudes dos seus aliados são contestadas –e não faltaram acusações a membros do PT na história recente do país –a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefere fazer pré-julgamentos“, diz o partido. 


A deputada defendeu o afastamento de Juscelino do governo para que ele justifique a acusação de utilizar um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para participar de um leilão de cavalos de raça no interior de São Paulo. Gleisi argumentou que a medida evitaria “constrangimento” da sua parte. 


O ministro solicitou a aeronave em caráter “urgente” para ir ao município de Boituva, em São Paulo, de 26 a 31 de janeiro. No local, assessorou compradores de animais e inaugurou uma praça em homenagem ao cavalo de um sócio. Teve cerca de duas horas de compromissos oficiais. O evento com cavalos não constava em sua agenda.


O ministro recebeu R$ 3.000 do erário para custeio de hospedagens e voou em um jato privado da FAB de Brasília a São Paulo. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, os custos do transporte de ida e volta somaram aproximadamente R$ 140 mil.  


A defesa de Juscelino afirma que a viagem se tratava de agenda oficial e tinha “claro interesse público”, o que justificaria o uso do transporte da FAB. 


“Não houve qualquer ilegalidade por parte do ministro Juscelino nas agendas e, como forma de demonstrar seu zelo com o dinheiro público e seu compromisso com a transparência, o ministro determinou apuração sobre os procedimentos administrativos relacionados à viagem”, disseram os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso em nota enviada ao Poder360.


Juscelino Filho foi reeleito deputado federal em 2022, mas está licenciado para desempenhar a função de ministro. Ele é um dos nomes do União Brasil que compõem o 1º escalão do governo.


Depois de Daniela Carneiro (Turismo) e José Múcio(Defesa), Juscelino é o 3º ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sob risco de ter que deixar a Esplanada em breve.


OUTRAS ACUSAÇÕES


Juscelino também deixou de declarar pelo menos R$ 2,2 milhões em cavalos de raça ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e direcionou 7,5 milhões em emendas de relator à  prefeitura de Vitorino Freire (MA) para obras de pavimentação. 


Desse montante, R$ 5 milhões seriam para melhoria de 19 km da estrada que circunda ao menos 8 fazendas de sua família. A prefeita de Vitorino Freire é Luanna Rezende (União Brasil), irmã do ministro.


As obras de pavimentação no município ficaram a cargo da empresa Construservice, do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador. A construtora disputou a licitação sozinha.  


O engenheiro da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) Julimar Alves Silva Filho havia feito parecer favorável aos valores da pavimentação da estrada. 


Silva, no entanto, foi afastado por suspeita de ter recebido R$ 250 mil de Eduardo Imperador para beneficiar a liberação da obra. Em julho de 2022, o empresário foi preso sob acusação do pagamento de propina a funcionários federais. 


Leia a íntegra da nota do União Brasil enviada nesta domingo (6.mar) às 12h47:


“As bancadas da Câmara e do Senado do União Brasil repudiam as declarações da presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), sobre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Escolhido por três vezes para representar o seu estado no Congresso Nacional, o ministro sempre manteve uma atuação respeitada no parlamento.

“Lamentamos que Gleisi utilize dois pesos e duas medidas para tratar de assuntos inerentes à vida pública. Quando atitudes dos seus aliados são contestadas –e não faltaram acusações a membros do PT na história recente do país –a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefere fazer pré-julgamentos.

“Será que a presidente Gleisi fará a mesma declaração caso um integrante de seu partido seja alvo de ataques? O direito de defesa e a presunção da inocência, pilares do Estado Democratico de Direito, sao validos para Gleisi, Juscelino e todos os brasileiros“.

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