Foto captura de tela - RTP
O
ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que será preso nesta
terça-feira (21/03) e convocou seus seguidores para protestarem nas ruas.
A
declaração, feita neste sábado (18/03), não foi confirmada pelos advogados
dele, que ressaltaram que não receberam nenhuma informação das autoridades e
que as especulações são baseadas somente em reportagens de alguns veículos de
comunicação locais.
Os
promotores federais trabalham para encontrar indícios de crimes cometidos por
Trump antes e durante o seu mandato como presidente. Segundo várias
reportagens, uma acusação formal pode ser feita na próxima semana.
Se
essa acusação realmente for apresentada, seria a primeira vez que um processo
criminal é aberto contra um ex-presidente dos EUA.
Nos
últimos cinco anos, promotores de Nova York têm investigado alegações de que
Trump fez pagamentos ilegais à ex-atriz pornô Stormy Daniels pouco antes da
eleição presidencial de 2016.
Daniels
alegou que Michael Cohen, advogado de Trump, pagou a ela US$ 130 mil em troca
de ela não falar em público antes das eleições de 2016 sobre o caso
extraconjugal com Trump.
O
ex-presidente negou que tenha tido relação sexual com Daniels e disse que a
investigação tem motivação política.
Esse
é um dos casos pelos quais Trump, de 76 anos, é investigado, embora nunca tenha
sido formalmente acusado até agora e sempre tenha negado que cometeu qualquer
crime.
Campanha
presidencial
Trump
deixou claro que continuará a sua campanha para se tornar o candidato do
Partido Republicano nas eleições presidenciais de 2024, mesmo que sofra alguma
acusação formal.
Esforços
anteriores para levá-lo à Justiça – como duas tentativas de impeachment no
Congresso, investigação sobre possível intervenção russa e operações judiciais
em sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida – ajudaram a aumentar sua popularidade
entre seus seguidores. Portanto, uma acusação desse tipo poderia ter um efeito
semelhante.
Ainda
que não seja possível saber se ele será oficialmente acusado nesta semana e por
quais possíveis crimes, o ex-presidente decidiu antecipar essa possibilidade e
mobilizou seus seguidores.
Trump
já mostrou que tem seguidores leais, como evidenciou pela tomada do Capitólio
em 6 de janeiro de 2021, quando centenas de pessoas forçaram a entrada no
prédio do governo para anular os resultados das eleições, onde ele havia sido
derrotado.
Neste
sábado, Trump escreveu em sua rede social "Truth Social" que
"vazamentos ilegais" da promotoria de Manhattan, em Nova York,
"indicariam" que ele seria preso em 21 de março.
A
promotoria de Manhattan não se pronunciou sobre o assunto. Já a advogada de
Trump, Sudan Necheles, disse que sua equipe não foi notificada sobre o caso.
“Como
se trata de uma acusação política, o gabinete do promotor distrital se engajou
na prática de vazar tudo para a imprensa, em vez de entrar em contato com os
advogados do presidente Trump como fariam em um caso normal”, disse ela.
Os
casos judiciais
O
caso Stormy Daniels teve um grande avanço no início deste mês, quando Trump foi
convidado a testemunhar perante um grande júri, o que especialistas dizem
indicar que ele poderá enfrentar acusações criminais em breve.
As
audiências são realizadas em segredo, e vários ex-assessores de Trump teriam
prestado depoimento perante os juízes.
A
mídia americana diz que as unidades de Justiça de Nova York estão se preparando
para a possibilidade de Trump ser indiciado e comparecer a um tribunal de
Manhattan na próxima semana.
De
acordo com a Associated Press, as autoridades locais estão considerando os
aspectos práticos de levar um ex-presidente ao tribunal, incluindo questões de
segurança.
Outro
advogado de Trump, Joseph Tacopina, disse à agência de notícias que
"seguiremos os procedimentos normais" caso ele seja indiciado.
Donald
Trump enfrenta uma investigação criminal separada sobre as tentativas de
reverter sua estreita derrota no estado da Geórgia nas eleições presidenciais
de 2020, embora não se saiba se o ex-presidente está sob investigação direta.
O Departamento de Justiça dos EUA também está investigando se documentos secretos do governo encontrados em sua residência em Mar-a-Lago foram danificados depois que Trump deixou o cargo, bem como esforços mais amplos para minar os resultados das eleições presidenciais de três anos atrás, incluindo o ataque em 6 de janeiro.
Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx0nqxgwed0o
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