Estátua da
Justiça no prédio do STF em Brasília© Thomson Reuters
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram permitir que o governo passe a cobrar novamente tributos de empresas e contribuintes, mesmo após eles terem conquistado na Justiça o direito definitivo de não pagarem. As informações são de Ricardo Brito /Reuters
Esse
entendimento, firmado na conclusão de um julgamento pelo plenário nesta
quarta-feira, vale apenas para os casos em que haja uma decisão posterior do
próprio Supremo em sentido contrário ao reconhecimento do direito desses entes.
Os
ministros também decidiram nesta quarta que esse entendimento deve valer para
todos sem qualquer tipo de avaliação de caso a caso. Isto é, a maioria rejeitou
modular ou relativizar os efeitos da decisão. Foram seis votos a cinco nessa
linha, tendo como voto condutor o ministro Luís Roberto Barroso.
Na
prática, a Corte abriu espaço para anular os efeitos da coisa julgada em
matéria tributária, no jargão jurídico.
A
advogada tributarista Isabella Paschoal disse que advogados e contribuintes
receberam o resultado do julgamento com muita preocupação. Para ela, a
segurança antes concedida por uma decisão judicial definitiva "deixou de
existir hoje, pior, até antes".
"Não
bastasse a relativização da coisa julgada, sequer foram preservadas as
situações anteriores, de modo que contribuintes que antes se asseguravam em
decisões judiciais definitivas, hoje precisarão fazer as contas do que
precisarão devolver à Fazenda Pública caso tenha havido julgamento do STF sobre
a matéria em sentido contrário nos últimos anos", disse ela.
"É
um cenário bastante preocupante e que acende muitos alertas, pois certamente
outros problemas surgirão a partir desse entendimento", disse a advogada,
que é sócia do escritório do Caputo, Bastos e Serra Advogados.
Para
o advogado tributarista Renato Aparecido Gomes, a modulação dos efeitos -- rejeitada
pelo STF -- seria indispensável para que se tivesse um cenário de maior
previsibilidade e segurança jurídica.
"Então,
haverá um aumento abrupto e significativo do passivo tributário de diversas
empresas dos mais diversos segmentos da economia, prejudicando assim o
planejamento financeiro de pequenas, médias e grandes empresas, além de criar
um cenário de incerteza sobre os próximos passos do Fisco diante desta vitória
sobre os contribuintes", avaliou.
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