Morreu nesta quinta-feira (19), aos 74 anos, o violonista e luthier Sérgio Abreu, um dos mais respeitados nomes do violão no Brasil e no mundo. Ele estava internado com problemas pulmonares desde o fim do ano passado no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, zona sul do Rio de Janeiro. As informações são de Gustavo Zeitel/Folha de S.Pàulo.
Carioca,
Abreu nasceu em 1948 numa família musical, seu pai era violonista e a mãe,
musicista amadora. Abreu tocou os seus primeiros acordes, sob instrução da
professora Monina Tavaro, que logo identificou um talento excepcional em seu
aluno.
Crítico
Musical, Sidney Molina conta que a figura de Abreu foi decisiva para seu desejo
de seguir na música. "Fiquei impressionado com a qualidade musical e a
sincronia daqueles dois irmãos. As gravações, especialmente as do Sérgio como
solista, foram cultuadas pelos violonistas do mundo inteiro e pelas orquestras
também, já que ele tocou com a English Chamber Orchestra", disse ele.
Em
1967, Abreu venceu o concurso mais importante de violão do mundo, o ORTF, em
Paris, na França, sendo o mais jovem a obter a distinção. No ano seguinte,
assinou contrato com a CBS e lançou, com o irmão, Eduardo Abreu, o disco
"The Guitars of Sergio and Eduardo Abreu", executando peças de Bach,
Villa-Lobos e Ravel.
Na
década de 1960, o duo Abreu se apresentou pela Europa, Austrália e Estados
Unidos, obtendo maior prestígio internacional entre os duos de violonistas. A
dupla lançaria ainda mais dois discos, em 1969 e 1970, mas Eduardo resolveu
parar de tocar cinco anos depois. Sérgio seguiu carreira solo e gravou um LP,
com peças de Paganini e Sor, e outro com a soprano Maria Lucia Godoy. Em 1982,
passou a se dedicar exclusivamente à arte da luteria a construção dos
instrumentos.
"Ele
era uma pessoa muito reclusa, não gostava de dar palestras ou produzir outros
artistas. Trabalhava excentricamente nas madrugadas, fechado em seu
apartamento, ouvindo música, saboreando um bom vinho e, principalmente,
atendendo a todas as pessoas", afirmou Molina.
Mesmo
longe dos holofotes, Sérgio se tornou um exímio luthier. Seus violões tinham
como modelo um instrumento de 1930, da marca Hermann Hauser. Em sua oficina em
Copacabana, Sérgio preparava cerca de 15 instrumentos por ano, sendo um dos
profissionais mais requisitados pelos músicos do mercado internacional.
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