Líder do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR),
Da Redação
De nada adiantou todos os esforços e exposição de milhares de eleitores bolsonaristas irem as ruas em protestos, se os próprios parlamentares apoiadores do presidente já "jogaram a toalha" e agora insinuam, aproximação com o petista.
Segundo o Isto É dinheiro, o líder do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos
Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse em entrevista à CNN Brasil nesta
segunda-feira que o Lulapetista será diplomado,
tomará posse e governará o país a partir de 1º de janeiro de 2023, em meio à
persistência de manifestações de bolsonaristas contrários ao resultado das
eleições.
“Vamos
ter, para mim está claro isso, diplomação, posse do presidente eleito e vai
governar e os partidos vão se posicionar”, afirmou o líder do governo,
acrescentando que defenderá que seu partido, parte da base de apoio de
Bolsonaro e que esteve na coligação da campanha dele à reeleição, adote postura
independente no governo Lula.
Barros
avaliou, na entrevista à emissora, que Bolsonaro foi prejudicado na campanha
eleitoral por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e acusou o
Judiciário de se posicionar contra o presidente. Ainda assim, disse que isto é
parte do jogo e que Lula tomará posse.
“A
democracia está estabelecida, apesar de que o resultado da eleição foi
fortemente impactado pelas decisões do Tribunal Superior Eleitoral contra o
Bolsonaro e seguidas decisões, e muitas delas ilegais”, disse.
“Mas
a regra do jogo é essa, e eu não acredito que, por mais que o presidente tenha
razão em qualquer contestação que ele faça ao processo eleitoral, a Justiça vá
dar a favor dele, porque a Justiça está posicionada contra o Bolsonaro
claramente nas suas ações e nas suas declarações.”
Desde
a vitória eleitoral de Lula, que venceu Bolsonaro com mais de 60 milhões de
votos, manifestantes bolsonaristas bloquearam estradas e têm se manifestado em
frente a unidades das Forças Armadas pregando o desrespeito ao resultado das
urnas e pedindo por uma intervenção militar no Brasil, o que é ilegal.
A
diplomação de Lula está marcada para o dia 12 de dezembro e o presidente eleito
tomará posse em 1º de janeiro para um inédito terceiro mandato na história
democrática do país.
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