Com
o objetivo de valorizar, divulgar e compartilhar as práticas exitosas que
ocorreram nas escolas da rede municipal de ensino no ano letivo de 2022, a
Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc),
tem realizado uma série de ações que apresentam os trabalhos que estão dando
respostas positivas à Educação municipal.
Nesta
sexta-feira (25), a Primeira Mostra de Práticas Exitosas da Escola Municipal 15
de julho, localizada em Maniçoba, interior da cidade, contou com programação
diversificada, incluindo a exibição e discussão do filme “Pantera Negra”, ações
de empreendedorismo, arte e educação ambiental.
Primeiro
filme norte-americano dedicado a um super-herói negro, “Pantera Negra” foi
escolhido em alusão a programação do novembro negro, atendendo a proposta
pedagógica que discutiu a temática “Visões das Áfricas” a partir do filme,
considerando aspectos ligados à representatividade, ancestralidade, identidade
territorial, racismo, entre outros.
A
ação contou com o apoio do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA), do
Núcleo de Estudos Étnicos e Afro-Brasileiros da Univasf (NEAFRAR), e do
Conselho Municipal de Defesa dos direitos da Criança e Adolescente (CMDCA).
A
programação também contou com bazar solidário, exposição e apresentações dos
trabalhos produzidos nas oficinas de artesanato, pinturas, reciclagem e
aproveitamento integral dos alimentos. Confecção de bijuterias, velas e
sabonetes artesanais, chaveiros, porta chaves, porta absorvente, pinturas em
pano de prato, sacola retornáveis e camisas, e produção de polpas de frutas,
foram alguns dos materiais apresentados.
De
acordo com Rosimeire Fontes, professora da Escola 15 de julho, a iniciativa
trabalhou a temática sustentabilidade, trazendo uma proposta de educação
ambiental empreendedora, somada a valorização da cultura afro-brasileira,
através da confecção de elementos que fizeram referência a celebração da
consciência negra. ”Nós decidimos unir os temas sustentabilidade,
empreendedorismo e visões das Áfricas, agregando novos conceitos que
repensassem as relações com o meio ambiente e a diversidade cultural e racial,
assim, reunimos coisas que costumamos utilizar no dia a dia e transformamos em
elementos que fizessem referência a valorização e o respeito aos povos de
matriz africana, o que resultou nessa culminância super satisfatória”, disse
Rosimeire”.
“Trazer
a animação do filme Pantera Negra, para os alunos da Escola 15 julho, tem uma
importância muito significativa, pois permite que os estudantes visualizem a
África de outras formas, livre de estereótipos, sem a ideia restrita de um
lugar de guerra, fome e miséria, mas como uma África rica, tecnológica, que
possui realeza e a capacidade de mostrar como as populações negras existem
muito além do que o racismo costuma mostrar. Se trata de uma perspectiva de
autorreconhecimento e de revisão de saberes”, comentou Ana Luiza Souza Jesus,
integrante do NEAFRAR.
A
estudante Paloma Alves, falou sobre seu sentimento de ter participado da
iniciativa. ”Eu gostei demais de participar das atividades, porque trouxe mais
socialização entre os alunos, a gente aprendeu a fazer várias coisas de arte e
empreendedorismo nas oficinas e também conhecemos muita informação legal sobre
a África”, finalizou Paloma.
Ascom/Seduc/PMJ
Fotos:
Luan Medrado – Ascom/PMJ
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