Confirmando
a tese de que Lula insiste em implantar no Brasil o famigerado projeto chamado Fórum de São Paulo, O candidato do lulapetismo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou
nesta segunda-feira(5) com o presidente da Bolívia, Luis Arce, e disse ao líder
socialista boliviano que, se eleito, pretende trabalhar para que o Congresso
brasileiro aprove a entrada da Bolívia no Mercosul. Afinal, escrito no acordo
firmado no Fórum de São Paulo esse propósito .
Segundo o portal de notícias Reuters, a informação sobre a reunião entre Lula e Arce foi dada pelo ex-chanceler Celso
Amorim, que atua como um dos conselheiros do petista e presenciou parte da
conversa ocorrida nesta segunda em um hotel na região central de São Paulo.
"O
presidente se comprometeu, caso eleito, de acelerar a integração da Bolívia no
Mercosul, que é muito importante, inclusive, para as relações internacionais,
relação com a Europa, relação com a China", disse Amorim a jornalistas,
após o encontro.
"Evidentemente
que o Congresso é soberano, mas eu acho que haverá um esforço. Não tenho a
menor dúvida que haverá esse esforço (de um eventual governo Lula), porque é
muito importante para a Bolívia e é muito importante para nós também, porque a
Bolívia no Mercosul também vai nos facilitar o contato com todo o conjunto da
Comunidade Andina, porque ela também é membro da Comunidade Andina e a
Comunidade Andina está sendo reforçada agora", acrescentou o ex-ministro das
Relações Exteriores do governo Lula.
A
entrada da Bolívia no Mercosul depende apenas de decisão do Congresso
brasileiro, uma vez que os Congressos de Argentina, Paraguai e Uruguai já
aprovaram o pedido.
Amorim
disse que Lula e Arce não discutiram, ao menos no trecho do encontro que
presenciou, a política interna boliviana. Arce acusou recentemente a oposição
de buscar orquestrar um golpe de Estado contra seu governo.
Em
2019, após uma eleição contestada, o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que
é do mesmo partido de Arce, deixou o poder em um movimento que vários
integrantes da esquerda latino-americana chamaram de "golpe" -- termo
usado por Amorim nesta segunda para se referir à queda de Morales.
Indagado
sobre a possibilidade de ruptura institucional no Brasil, em meio a falas
constantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) para enfatizar sua proximidade com
as Forças Armadas como ex-capitão do Exército e dos questionamentos infundados
que faz ao sistema eleitoral, Amorim fez a avaliação de que não há risco de
golpe no Brasil.
Para
ele, os militares só deram golpes na história do Brasil quando tinham três
apoios: da grande mídia, da elite econômica e dos Estados Unidos.
"Hoje não há apoio de nenhum desses três", disse. Para Amorim, que também foi ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff, embora Bolsonaro tenha "dado uma poluída" nas Forças Armadas, indicando um número sem precedentes de militares da reserva e da ativa para cargos tradicionalmente civis no governo, não há na caserna intenção de participar de uma ruptura institucional.
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