Foto captura de tela: : Gazeta Esportiva
A
segunda perícia contratada pelo Corinthians para o caso envolvendo
uma suposta injúria racial cometida pelo jogador Rafael Ramos a Edenilson, do
Internacional, reforça que o jogador português não proferiu a palavra “macaco”. As informações são da Gazeta Esportiva.
O
laudo, emitido pela The Perfect Link Forensics, empresa especializada em perícia
forense em diversas áreas do conhecimento, conclui que Ramos disse a
expressão “F…, mano, c…”, que possui oito sílabas e oito fonemas,
diferentemente do que teria sido ouvido por Edenilson, “F…, macaco”, que possui
seis sílabas e seis fonemas.
“A
comparação entre os fonemas de ambas as expressões demonstra, além da diferença
de extensão da pronúncia (dois fonemas a mais), diferença de tonicidade,
sobretudo na segunda palavra, pois o segundo fonema da palavra “macaco”, o
fonema “ˈka” é tônico, diferentemente do segundo e último fonema da palavra
“mano”, o fonema “nu”, que é átono”, diz laudo a que a Gazeta Esportiva teve
acesso.
A
nova perícia possui 44 páginas e foi elaborada no dia 2 de junho,
quinta-feira, três dias depois de Rafael Ramos ter prestado depoimento no
Superior Tribunal de Justiça Desportiva, reafirmando que não proferiu o
xingamento racista. A perícia da Polícia Civil, que investiga o caso, será
concluída e entregue nesta sexta-feira.
Três
vídeos foram analisados para se chegar à conclusão da perícia forense. Além
disso, há diversas comprovações técnicas de que os conteúdos são íntegros, com
a finalidade de mostrar que não sofreram edição posterior.
“A
análise do vídeo em câmera lenta, bem como a análise dos frames desta parte do
vídeo, transcritos neste trabalho, permite verificar que a pronúncia do atleta
Rafael Antônio Figueiredo Ramos, do segundo fonema do segundo vocábulo é átono
(“nu”, de “maNO”) e não tônico (“ˈka” de maCAco)”, segue o laudo, concluindo
que:
“A
análise do vídeo em câmera lenta, somada à análise dos vocábulos pôde comprovar
que o que foi pronunciado pelo atleta Rafael Antônio Figueiredo Ramos foi de
fato a expressão que este alegou ter pronunciado, ou seja: ‘F… mano, c…’ e não
a expressão que o atleta Edenílson Andrade dos Santos julga ter ouvido: ‘F…,
macaco’”.
A
The Perfect Link, empresa de perícia e auditoria com 26 anos de atuação, é
referência na Perícia Forense em diversas áreas do conhecimento e líder no
segmento de auditoria de processos eleitorais e eventos na internet, localizada
em sede própria no bairro da Barra Funda, em São Paulo.
Este
segundo laudo elaborado pelo Corinthians reafirma o que foi colocado no
primeiro, divulgado no dia 20 de maio, pelo Centro de Perícias de Curitiba. Aquele
documento, de 12 páginas, foi assinado por Anderson Marcondes Santana Júnior,
Daniela Cristina Silva Lima Ramos Guidugli e Giovana Giroto, pessoas que
possuem deficiência auditiva bilateral de grau severo a profundo desde a
infância.
Na
próxima semana, o atleta Edenilson prestará depoimento ao STJD para dar sua
versão dos fatos, assim como Ramos na última segunda-feira. O caso só se
tornará um processo de fato caso os responsáveis entendam que existem elementos
mínimos para a abertura de um procedimento, tanto no âmbito desportivo quanto
na esfera criminal.
Entenda
o caso
O
Internacional recebeu o Corinthians no dia 14 de maio, no Beira-Rio, em partida
válida pela sexta rodada do Brasileirão. Na ocasião, durante uma disputa de
bola, Edenilson alegou ter ouvido a palavra “macaco” proferida pelo atleta
português Rafael Ramos.
O
meia colorado abriu um boletim de ocorrência relatando o fato, e Rafael acabou
preso em flagrante pela Polícia dentro do estádio pelo crime de injúria racial.
O clube paulista pagou a fiança de R$ 10 mil e ele foi solto para responder em
liberdade. Confira o posicionamento do Corinthians.
Rafael
Ramos falou que tudo não passou de um mal-entendido e foi até o vestiário do
Internacional para falar com Edenilson. O meia, por outro lado, reafirmou, mais
tarde, que ouviu a palavra macaco. O Corinthians ainda contratou uma perícia,
que confirmou que ele não cometeu o crime – é importante lembrar, porém, que o
laudo que será utilizado pela Polícia Civil não será o mesmo.
Rafael
Ramos voltou a atuar após o episódio no último domingo, no empate por 1 a 1
contra o América-MG. Ele foi titular e jogou os 90
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