O
deputado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou neste sábado, 14, que a declaração de voto do ex-senador Aloysio
Nunes (PSDB-SP) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) é uma consequência de erros feitos pelo PSDB. De acordo
com o mineiro, que teve Aloysio como candidato a vice quando disputou a
Presidência em 2014, o partido não soube unificar os filiados em torno de um
projeto viável. As informações são de Lauriberto Pompeu/Estadão.
“Eu
tenho respeito enorme pelo Aloysio, mas isso é consequência de escolha que
todos estão fazendo. Já temos candidato a governador nosso declarando apoio a
Bolsonaro, outros declarando apoio a Lula”, disse ao Estadão. O
pré-candidato do PSDB ao governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel,
manifestou voto no presidente Jair
Bolsonaro.
Hoje,
o PSDB tem o ex-governador de São Paulo João Doria como
pré-candidato a presidente, mas negocia uma unificação da chapa com o MDB, que
lançou a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
“Quando
as candidaturas são artificiais, e a vitória de Doria da forma que se deu acaba
se transformando em candidatura sem qualquer amálgama, sem qualquer vinculação
com as bases do partido, todos se sentem descompromissados com ela”, afirmou
Aécio.
Apesar
de ser um crítico da pré-candidatura de Doria, o tucano de Minas rejeita
qualquer aliança automática com o MDB. O ex-presidenciável teme a proximidade
que os emedebistas já tiveram com o PT.
Hoje,
uma ala da legenda liderada pelo senador Renan
Calheiros (MDB-AL) e pelo ex-senador Eunício
Oliveira (MDB-CE) quer repetir o apoio a Lula. “Não sabemos ainda para
onde vai o MDB. Até no embate com o PT, o MDB vai ter algumas dificuldades
porque durante dez anos foi sócio dos equívocos que o PT cometeu”, disse.
O
mineiro prega que uma aliança só seja fechada mais perto do período das
convenções partidárias, que ocorrem no fim de julho e início de agosto e
definem as coligações das eleições de 2022.
“A
Simone tem todas as qualidades do mundo, a questão é que o PSDB, apenas para
justificar a retirada do Doria, como querem alguns, não deve automaticamente
fazer uma aliança com o MDB e nenhum partido antes de discutir isso
internamente”, afirmou.
As
cúpulas dos dois partidos marcaram para a próxima quarta-feira, 18, a divulgação
dos resultados de pesquisas para basear uma candidatura de consenso, mas tanto
o grupo de Doria quanto o de Aécio não querem tomar uma decisão agora.
“Vamos
avaliar inclusive a possibilidade de apoiar a Simone. Eu acho que não é agora,
é um processo que tem que ser amadurecido nos próximos meses até o período das
convenções”, disse o deputado.
O
ex-governador de Minas reclamou do presidente do PSDB, Bruno Araújo, e do
governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que assumiu com a renúncia de Doria e
é pré-candidato à reeleição.
De
acordo com ele, os dois estimularam a candidatura presidencial de Doria para
que ele saísse do comando do governo estadual e abrisse caminho para que Garcia
assumisse o posto. Agora, segundo Aécio, querem abortar a pretensão
presidencial do paulista para evitar que Garcia se contamine com a rejeição
dele.
O
mineiro acusou o comando do partido de privilegiar São Paulo e esquecer outros
pré-candidatos tucanos a governos estaduais.
“O
presidente Bruno, em vez de pensar na candidatura da Raquel Lyra, no seu Estado
(Pernambuco), Pedro Cunha Lima (Paraíba) ou até dos deputados, que seriam
beneficiadas pela permanência dele (de Doria no governo de São Paulo), optou
por privilegiar a candidatura do Rodrigo em detrimento de outras”, afirmou.
“Nada contra Rodrigo, mas o PSDB tem também, ou pelo menos deveria ter, outras
prioridades”, completou.
Para
Aécio, o PSDB tem condição de ter candidatura própria que não a de Doria, mas
não citou nomes. “Acho que o MDB ainda é essencial ao País, está no processo de
reconstrução de sua história, mas acho que o PSDB tem condições de apresentar
outros nomes se a decisão for de retirada de Doria”.
Durante reunião da Executiva Nacional do PSDB nesta semana, o ex-prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior e o ex-senador José Aníbal (SP) chegaram a sugerir os nomes do ex-governador Eduardo Leite (RS) e do senador Tasso Jereissati (CE), mas ainda não se sabe se os dois querem entrar na disputa.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com / Siga o blog do
professorTM/EJ no Facebook, e no Instagram. Ajude a aumentar a
nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário