Por Conexão Politica
Contratado
para gerenciar a pré-campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, o
marqueteiro Sidônio Palmeira é acusado pelo Ministério Público do Estado da
Bahia (MP-BA) de desviar ao menos R$ 7,5 milhões em um esquema de corrupção. A
informação é da revista Veja.
Palmeira
foi o responsável pela campanha em 2018 dos petistas Rui Costa e Fernando
Haddad, ao Governo da Bahia e à Presidência da República, respectivamente.
De
acordo com o MP, a empresa Leiaute Propaganda, que pertence ao marqueteiro,
integrou uma organização criminosa em 2006 para a prestação de serviços de
publicidade à Câmara Municipal de Salvador (BA).
Na
ocasião, ele liderava um consórcio que venceu a licitação e captou o valor de
R$ 7,5 milhões, mas os serviços contratados nunca foram prestados, segundo uma
auditoria do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), que também
identificou uma série de fraudes no processo, inclusive com a participação de
um vereador da cidade.
Os
promotores, então, denunciaram Sidônio Palmeira e os demais envolvidos por
enriquecimento ilícito. Também solicitaram o bloqueio de todas as contas
bancárias do publicitário.
“Foram
milhões de reais envolvidos no Contrato e seus Termos Aditivos, comprovadamente
irregulares e, ainda, pretendem os acionados serem tratados como vítimas de uma
suposta imprevidência de gestores, frontalmente vilipendiados pela Auditoria do
TCM e pelo Ministério Público”, diz trecho da denúncia.
Em
sua defesa, o marqueteiro nega as irregularidades e alega que houve uma falha
dos parlamentares na prestação de contas. “Não houve enriquecimento ilícito, é
um absurdo, uma história totalmente estapafúrdia. Estou há anos tentando
demonstrar isso. O MP não entende como funciona uma agência de publicidade. Eu
deveria entrar com um processo contra essa promotora”, declarou.
A
denúncia está parada há mais de quatro anos e tramita na 5ª Vara da Fazenda
Pública de Salvador. A próxima manifestação do juiz deverá constar o
recebimento da denúncia, que transformaria os suspeitos em réus, ou a rejeição
da peça acusatória, que os inocentaria.
No
mês passado, a promotora responsável pelo caso, Nívia Carvalho, protocolou um
ofício em que cobra do magistrado o andamento do processo. Até o momento, no
entanto, a consulta não foi respondida.
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