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O
presidente do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), deu uma
bronca no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 3ª feira
(3.mai.2022) durante o ato do partido para declarar apoio formal à candidatura
presidencial do petista.
Em
um breve discurso, Paulinho da Força, como é mais conhecido, afirmou que Lula
precisa buscar uma aliança “muito maior” na corrida contra a
tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado reclamou,
então, de eventos recentes que causaram incômodo.
“Acho
que temos perdido tempo com muitas coisas. Uma vaia aqui, uma ‘Internacional’
ali. Esqueça essa coisa de reforma trabalhista. Ganha a eleição e eu e o
Marcelo Ramos (vice-presidente da Câmara) resolvemos isso em 2 meses na Câmara”,
disse diretamente a Lula.
O
apoio do Solidariedade à campanha petista chegou a ser colocado em risco.
Paulinho anunciou que recuaria depois de ter sido vaiado em evento com
sindicalistas em 14 de abril. Na época, ele atribuiu as vaias a militantes do
PT e reclamou da relação com o partido. Lula estava presente no momento das
manifestações. Foi preciso uma força-tarefa da cúpula da legenda, incluindo o
ex-presidente, nos dias seguintes para acalmar o aliado e trazê-lo de volta.
Já
a menção à “Internacional” é referência à música identificada com movimentos
socialistas e comunistas que fala sobre trabalhadores tomarem o poder e
dividirem a riqueza. Ela foi tocada na semana passada no evento do PSB, em
Brasília. Na ocasião, Geraldo Alckmin (PSB), de histórico conservador, ouviu e
aplaudiu a execução da música. O gesto foi interpretado como uma guinada sua à
esquerda e foi criticado justamente por se esperar que o ex-governador de São
Paulo atraia justamente setores da centro-direita para a campanha de Lula.
Paulinho
também afirmou que Lula precisa parar de defender a revogação da reforma
trabalhista, tema que tem sido motivo de atritos com setores produtivos e do
mercado financeiro.
“Digo
isso porque acho que precisamos falar dos problemas do Brasil. Precisamos
juntar forças para fazermos um novo país. Você precisa ser a pessoa que une as
outras pessoas que querem um Brasil diferente. Tem que ser a representação do
povo brasileiro que quer tirar Bolsonaro da Presidência”, disse.
O
deputado pediu ainda cautela aos que acham que a eleição “está ganha”. “Não
está. Vamos enfrentar uma guerra não contra a direita daqui, mas a direita do
mundo. É fake news para todos os lados”, afirmou.
Em
resposta ainda durante o evento, Lula afirmou que Paulinho “vendeu
facilidade, mas sabe que não é assim”.
O
Solidariedade aprovou, em votação simbólica nesta 3ª feira, o apoio à
pré-candidatura de Lula para a Presidência da República e a Geraldo Alckmin
como vice na chapa.
O
ato, realizado em São Paulo, contou com a participação de integrantes de outros
partidos. De acordo com Paulinho, a intenção foi mostrar que uma frente ampla
ao redor de Lula é possível.
Participaram
os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os deputados
Marcelo Ramos (PSD-AM), Orlando Silva (PC do B-SP) e Marília Arraes
(Solidariedade-PE).
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