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O preço da gasolina subiu pela quarta semana
seguida nos postos brasileiros nesta semana e superou o recorde observado na
anterior ao atingir a média de R$ 7,295 por litro, segundo dados da ANP
(Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). As informações são de Nicola Pamplona/folha de são Paulo.
O
valor verificado pela agência nesta semana é 0,1% superior ao da última
pesquisa, de R$ 7,283 por litro.
O
maior preço detectado pela ANP foi R$ 8,999, em Tubarão (SC), R$ 0,40 a mais do
que o verificado na semana anterior em São Paulo e no Guarujá, no litoral
paulista.
O
preço do diesel também manteve tendência de alta, sendo vendido, em média, a R$
6,630 por litro, R$ 0,02 acima do verificado pela ANP na última semana.
Os
dois produtos sofreram os últimos reajustes nas refinarias no dia 11 de março.
A alta recente na gasolina é explicada pela elevação da cotação do etanol
hidratado. Já o diesel vem sendo impactado por importações mais caras.
O
preço do etanol hidratado reverteu a tendência de alta e já começa a refletir a
queda de 9% nas usinas de São Paulo registrada na semana passada, após o início
da colheita.
Nas
bombas, segundo a ANP, o preço médio do etanol hidratado foi de R$ 5,441 por
litro, 1,7% abaixo do verificado na semana anterior.
Já
o preço do gás de cozinha manteve-se estável novamente, em R$ 113,11 por
botijão de 13 quilos.
O
preço do GNV também teve um salto esta semana: foi vendido a R$ 5,226 por metro
cúbico, valor 9,4% superior ao registrado na última pesquisa.
A
alta reflete repasses do aumento de 19% no preço de venda de gás natural da
Petrobras às distribuidoras de gás encanada a partir do início do mês.
O
mercado espera por reajustes nos preços da gasolina e do diesel em breve, já
que a defasagem em relação às cotações internacionais está em níveis
semelhantes aos anteriores aos mega-aumentos de março.
Segundo
a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço
médio do diesel nas refinarias brasileiras está R$ 1,27 por litro abaixo da
paridade de importação, conceito usado pela política de preços da Petrobras que
simula quanto custaria para trazer o produto do exterior.
No
caso da gasolina, o preço interno está hoje R$ 0,78 por litro abaixo da
paridade, ainda segundo a Abicom. O aumento da defasagem reflete a
desvalorização do real e a recuperação dos preços no mercado americano nas
últimas semanas.
Nesta
sexta-feira (6), após anunciar lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre,
a Petrobras repetiu que não repassará ao mercado interno a volatilidade das
cotações internacionais, mas defendeu sua política de preços dos combustíveis.
A
estatal foi criticada na quinta-feira (5) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL),
que considerou o lucro da empresa um "estupro" e pediu que novos
reajustes fossem segurados.
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