foto reprodução: Captura de Tela - You tube
Ao
menos 39 pessoas morreram e outras 87 ficaram feridas nesta sexta-feira (8),
num ataque contra a estação de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, onde milhares
aguardavam um trem para deixar a região. As
O
presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, classificou o ato -atribuído por ele
à Rússia- de "maldade sem limites".
"Como
eles não têm força nem valor para nos enfrentar no campo de batalha, destroem
cinicamente a população civil. É uma maldade sem limites. Se não os castigam,
jamais vão parar", disse o líder do país em um canal no Telegram,
denunciando os métodos "inumanos" das forças russas.
O
Ministério da Defesa da Rússia, porém, negou a responsabilidade pelo ataque e
insinuou que a autoria seria da própria Ucrânia, de acordo com a agência de
notícias RIA. Segundo a pasta, o míssil utilizado era de um modelo utilizado
apenas pelas Forças Armadas ucranianas e semelhante ao que teria sido disparado
por Kiev contra Donetsk em 14 de março.
O
porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse ainda que não havia missões
agendadas da Rússia na região de Kramatorsk.
O
chefe da empresa ferroviária ucraniana Ukrazaliznitsia, Oleksander Kamitchin,
havia dito mais cedo que o número de feridos passava de 100. Segundo o
governador de Donetsk, Pavlo Kirilenko, muitos estão em estado grave.
"Eles queriam semear pânico e medo, queriam levar o maior número possível
de civis", disse.
O
chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, também condenou a ação.
"Condeno com firmeza o ataque cego desta manhã contra a estação de trem.
Trata-se de uma nova tentativa de fechar as saídas para aqueles que fogem desta
guerra injustificada e de causar sofrimento humano", afirmou no Twitter.
Desde a semana passada, autoridades ucranianas e analistas têm dito que a Rússia mudou seus objetivos militares na Ucrânia. Em vez de tentar tomar Kiev e as cidades ao redor da capital, as forças de Moscou recuaram e estariam se concentrando no leste do país, particularmente em Lugansk e Donetsk -territórios onde a Ucrânia enfrenta separatistas pró-Moscou desde 2014 e que foram reconhecidos como independentes pela Rússia dias antes do início da guerra.
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