EDUCAÇÃO: APLB Sindicato em Juazeiro critica gestão compartilhada de escolas municipais com a Polícia Militar da Bahia


A APLB Sindicato em Juazeiro alerta pais, alunos e população em geral, para mais uma ação assumida de má gestão da educação do município. A prefeitura, através da secretaria de educação, oficializou em Salvador, no dia 20 de Abril, um Termo de Acordo de Cooperação Técnica com a Polícia Militar da Bahia para implantar gestão compartilhada nas escolas municipais CAIC Misael Aguilar e de Tempo Integral Paulo VI. Para a entidade o acordo nada mais é que a admissão da absoluta incompetência do município e desprezo pelo trabalho dos educadores municipais.  

A militarização das escolas públicas de Juazeiro é uma questão grave e a APLB Sindicato se posiciona contrária tanto na rede municipal quanto estadual, como deixa claro o diretor da entidade Gilmar Nery. "Militarizar as escolas demonstra a total incapacidade do poder público municipal, em especial da secretaria de educação, em gerir a educação chegando ao ponto de recorrer à Segurança Pública. Os militares são importantes para promover a ordem e a segurança do povo, mas quando adentram no ambiente escolar, isso significa a falta que a educação está fazendo em determinados segmentos como, por exemplo, a disciplina. Não é preciso militares nas escolas para promover a ordem, que sempre foi feita pelos educadores", ressalta. 

Para a direção da APLB Sindicato, essa parceria demonstra claramente uma transferência de responsabilidades com pensamento equivocado de que só vai ter disciplina se tiver militar na escola. Uma das grandes preocupações diante dessa atitude da secretaria de educação do governo Suzana Ramos é que vai seguir as diretrizes do governo Bolsonaro de militarizar a educação, de impor um regime militar nas escolas do município de Juazeiro.  

"Isso é lamentável e faz parte desse projeto de destruição e desmonte da educação municipal. Entendemos que quando você entrega a educação para a Segurança Pública está assinando um atestado de incompetência. Já esperávamos, pois um governo que é alinhado com o governo ditador de Jair Bolsonaro claramente iria seguir por esse caminho", completa Gilmar Nery.  

Outra grande preocupação da APLB Sindicato diante da militarização das escolas é com os professores que vão trabalhar sob as ordens de militares, coagidos pelas regras militares e com os alunos que não terão a liberdade de pensamento.  

Mas no texto da prefeitura enviado à imprensa divulgando a oficialização do Termo, a nova gestão das escolas é vista pela prefeita Suzana Ramos como "uma iniciativa da gestão municipal que visa trazer melhorias para a nossa educação e para as comunidades". A secretária Normeide Almeida foi mais longe e disse que "a parceria possibilitará uma mudança de perfil dos alunos, permitindo assim avanços educacionais. As famílias também terão um apoio bem maior, pois contribuirá para que os estudantes tenham uma mudança no perfil quanto ao trato com seus familiares, professores e demais profissionais da educação". 

"O estado democrático de direito não vai estar presente nas salas de aulas nas escolas públicas do município de Juazeiro. Quando vimos os posicionamentos da prefeita e da secretária quanto ao acordo, lembramos que escolas tradicionais como o Colégio Municipal Paulo VI tiveram, ao longo de sua história, a responsabilidade pela educação de inúmeros jovens e formou várias cabeças pensantes, levando para a vida pessoas críticas e que saíram daquela base. E agora, vai junto com o CAIC ser colocada à disposição da Segurança Pública demonstrando um total desprezo pelo trabalho dos profissionais da educação. A APLB se posiciona contra de forma incisiva diante da atitude desse governo autoritário e incompetente que está aí", finaliza o diretor da APLB Sindicato, Gilmar Nery.  

Com informações da Ascom APLB/Juazeiro

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