Foto divulgação
Partido do presidente Jair
Bolsonaro, o PL entrou neste sábado com uma representação no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) contra o festival de música Lollapalooza após
artistas como Pabllo Vittar criticarem o chefe do Executivo e
exaltarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de
Bolsonaro e líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida eleitoral deste
ano. As informações são de Eduardo Gayer/Estadão.
Pabllo
chegou a exibir uma bandeira de Lula em sua apresentação, fato apontado pelo PL
na peça judicial. De acordo com a legenda, o ato se assemelha a showmício e
fere a lei eleitoral.
Ao
Broadcast Político, a advogada Caroline Lacerda, sócia do escritório de Tarcísio
Vieira de Carvalho Neto, que atende a campanha de Bolsonaro, diz que o evento
precisa "instruir os artistas".
"Neste
momento do ano eleitoral, não é permitido fazer exaltação a nenhum candidato e
também não é permitido falar mal de nenhum candidato. A lei eleitoral veda
tanto a propaganda antecipada quanto a propaganda negativa", afirmou a
advogada à reportagem. "Por descumprimento da lei, a gente pediu ao TSE
notificar o evento para que ajuste a conduta dos artistas que ainda forem fazer
shows hoje e amanhã", acrescenta.
A
peça apresentada ao TSE diz que manifestações políticas em apresentações
musicais em ano eleitoral se assemelham a showmício e, por isso, supostamente
configuram propaganda eleitoral irregular.
"O
ato induz a concluir que o beneficiário [Lula] seria o mais apto [nas
eleições], posto que conta com o apoio de artista renomado e gritos de apoio do
público", diz a representação do PL, que pede à empresa organizadora do
Lollapalooza advertir os cantores. "Impedindo a prática de ilícitos aqui
incluídos os cíveis, administrativos, criminais e eleitorais sob aqueles que,
naquele momento, atuam em seu nome".
Os
advogados da legenda dizem que a organizadora do Lollapalooza pode sofrer multa
"condizente ao grande poder econômico da organização de um evento deste
porte" caso manifestações políticas voltem a acontecer no festival, que
começou na sexta-feira e tem programação até amanhã, domingo.
O
PL também cita as críticas da cantora internacional Marina ao presidente
brasileiro. "Estamos cansados dessa energia", disse Marina. A
banda Strokes soltou um "Fora, Bolsonaro" ao final
de seu show, mas o episódio não foi relatado pelo partido.
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