OPINIÃO: Putin pode destruir a Ucrânia, mas a Rússia já sofre uma das maiores derrotas nesta guerra


Por:  Germano Oliveira/Revista Isto É

Ontem, terça-feira, 1º, quando vimos uma coluna de tanques russos, de 27 kms em fila, avançando em direção a Kiev, pensamos que seria um massacre e que, inevitavelmente Putin tomaria a capital da Ucrânia, destituiria Zelensky, assumiria o poder e colocaria um preposto seu para comandar os ucranianos. Mas não foi o que aconteceu nesta guerra de narrativas. Putin não tem sob seu controle nenhuma cidade ucraniana, muito menos a capital Kiev. O fato é que cada um dos lados dá sua versão, em tempo real, pelas mídias sociais. E o episódio mais decisivo nas últimas 24 horas vem sendo o apoio total e incondicional da comunidade internacional ao bravo Zelensky, que virou presidente e combatente.

O apoio mais decisivo, contudo, veio do presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, que aproveitou 12 minutos do seu discurso para falar de seu governo no Congresso, no tradicional “O Estado da União”, que durou pouco mais de uma hora, na noite desta terça-feira, para mostrar que os EUA e os 30 países que compõem a Otan não permitirão que o ditador russo avance. Mostrou os danos para Putin serão enormes. Falando firma, Biden explicou que estava fechando todo o espaço aéreo americano para os russos e seus magnatas, que teria também todos os seus bens no seu país e na Europa confiscados. Mostrou que Putin levará a Rússia à ruína, pois o rublo já havia caído à metade de seu valor e que o ditador terá uma derrota exemplar.

Mesmo vencendo militarmente, já que ele tem um exército muito maior, tanto em número de homens, como de equipamentos bélicos, à nível de ter se tornado a maior covardia da história recente da humanidade, Putin já está amplamente derrotado. A população ucraniana está resistindo bravamente e não está permitindo que os russos concretizem a ocupação. Kiev resiste bravamente. E os europeus e americanos a cada dia mandam mais armas para a Ucrânia impedir o sucesso militar russo. Até a Alemanha, que nunca mais mandou suas armas para o exterior desde a Segunda Grande Guerra Mundial, está enviando armas para os ucranianos se defenderem de Putin e sua trupe. Isso acontece com quase todos os países de bom senso, como Inglaterra, Canadá e Espanha.

Os poucos países que não apóiam abertamente a Ucrânia, para variar, são os que adotam posturas ditatoriais, como é o caso do Brasil de Bolsonaro, a Nicarágua de Ortega e a Venezuela de Maduro. O Brasil bolsonarista, como sempre, nos envergonha lá fora. O Brasil sempre teve uma postura pacifista e conciliadora, mas o ex-capitão prefere ver o circo pegar fogo e não mover uma palha para impedir que seu amigo Putin recue e pare de destruir um dos países mais belos culturalmente. O megalomaníaco russo está destruindo a Ucrânia e a milenar Kiev, mas não conseguirá vencer esta guerra, que já está perdida para ele. E fica aqui uma pergunta final: Putin vai destruir a Ucrânia e a economia russa, mas não será responsabilizado por isso na Corte Internacional de Haia como criminoso de guerra?

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