As tropas russas concentradas na fronteira com a Ucrânia estão "se deslocando" e "se preparando para atacar" o país vizinho, declarou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, durante uma visita à Lituânia neste sábado (19). As informações são da AFP.
"Estão
se mobilizando e se preparando para atacar", afirmou a autoridade
americana, acrescentando que os militares russos "estão se movendo para as
posições certas para poder realizar um ataque".
Austin
acrescentou, porém, que o conflito "não é inevitável" e que o presidente
Vladimir Putin pode escolher "um caminho diferente".
"Os
Estados Unidos, juntamente com nossos aliados e parceiros, deram a ele uma
oportunidade de encontrar uma solução diplomática. Esperamos que a
aproveite", disse.
O
funcionário americano também esclareceu que concorda com o presidente Joe
Biden, que disse estar "convencido" de que Putin tomou "a
decisão" de invadir a Ucrânia.
"Há
tropas de combate em número significativo, essas forças estão começando a se
posicionar e se aproximar da fronteira", garantiu Austin.
O
secretário de Defesa também assegurou à Estônia, Lituânia e Letônia que os
Estados Unidos estão "ao lado de (seus) aliados" e que o compromisso
de Washington com a defesa coletiva da Otan é "inabalável".
Neste
contexto, a vice-presidente americana, Kamala Harris, ameaçou neste sábado
fortalecer as forças da Otan no Leste Europeu no caso de um ataque à Ucrânia
pela Rússia, e alertou Moscou de que se exporia a sanções econômicas
"severas e rápidas".
"Não
vamos parar em medidas econômicas. Vamos fortalecer ainda mais nossos aliados
da Otan", garantiu ela durante um discurso na Conferência de Segurança de
Munique.
O
Kremlin continua a negar qualquer intenção de atacar o seu vizinho, mas exige
garantias para a segurança da Rússia, como a retirada da Otan do Leste Europeu,
o que o Ocidente recusa.
"A
Rússia continua dizendo que está pronta para negociar. Ao mesmo tempo, está
reduzindo o caminho da diplomacia", acusou Harris, ressaltando que as
retiradas de tropas anunciadas pelo Kremlin "não correspondem à
realidade".
Os
Estados Unidos já mobilizaram cerca de 6.000 militares adicionais na Romênia,
Polônia e Alemanha, lembrou ela.
Nossas
forças "não serão enviadas para lutar na Ucrânia", que não é membro
da Aliança Atlântica, mas "defenderão cada centímetro do território da
Otan", alertou.
As
tensões na região abalaram os Estados bálticos, todos os três com fronteiras
com a Rússia.
O
ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis,
considerou que a pressão russa sobre a Ucrânia é "uma ameaça militar
direta à Ucrânia", mas também "para toda a região".
"A
batalha pela Ucrânia é uma batalha pela Europa. Se não o pararmos, ele (Putin)
irá mais longe", considerou Landsbergis.
Os
países bálticos pediram à Otan o envio de reforços, além das tropas que já
foram enviadas para lá desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.
O
Reino Unido e a Alemanha prometeram reforços militares para a região, enquanto
os Estados Unidos enviaram 4.700 soldados para a vizinha Polônia, que também
faz fronteira com Belarus e a Rússia.
Os
Estados Unidos e a Ucrânia estimam que existem agora 150.000 soldados russos
posicionados nas fronteiras da Ucrânia, na Rússia e em Belarus.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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