O
pré-candidato a presidente Sergio Moro (Podemos) classificou a Petrobras como
uma empresa atrasada e disse que, caso seja eleito, poderá privatizar todas as
estatais, incluindo a petroleira e bancos públicos.
A
declaração foi dada em uma palestra para empresários em São José do Rio Preto
(415 km de São Paulo), onde o ex-juiz deu início à sua pré-campanha ao Planalto
no interior paulista, reduto de seu potencial adversário e governador do estado
João Doria (PSDB).
"A
Petrobras teve papel importante para o país, mas é uma empresa atrasada, que
ainda vive da exploração do petróleo, um combustível que o resto do mundo já
não está mais usando. Hoje estamos discutindo outras formas de energias limpas,
mais ambientalmente corretas, energias limpas como a energia solar",
disse.
Entre
2014 e 2018, Moro foi o responsável por julgar processos por suspeitas de
corrupção na Petrobras e apresenta sua atuação como juiz como trunfo eleitoral.
Das suas 45 sentenças, contudo, 8 foram anuladas em instâncias superiores. Ele
deixou o cargo e a magistratura em 2018 para assumir o posto de ministro da
Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL).
Moro
ainda fez referência aos bancos públicos como o Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal, indicando que os privatizaria caso seja eleito presidente da
República no pleito de outubro.
"Cada
privatização precisa avaliar o momento, mas meu viés é positivo. O assunto não
pode ser um tabu, o Brasil precisa quebrar esses tabus. Outro exemplo são os
bancos, a Caixa e o Banco do Brasil. Hoje temos os bancos digitais que é [sic]
um modelo que deu certo. E estamos presos ao passado. Se for possível
privatizar tudo, que se privatize tudo", afirmou.
Moro
cumpre agenda de três dias no interior paulista, tradicional reduto do PSDB, e
priorizou encontros com empresários e pastores evangélicos, setores que em 2018
apoiaram majoritariamente o então candidato Jair Bolsonaro.
Acompanha
nas agendas no interior o ex-juiz o deputado estadual Arthur do Val (Podemos),
pré-candidato ao governo de São Paulo.
Nesta segunda-feira (31), em sabatina ao jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, disse prever um cenário catastrófico em caso de um segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).
"Eu
votaria em qualquer pessoa que não fosse Lula ou Bolsonaro. Votaria numa cabra
se fosse o caso. Mas jamais em um ou outro. Nosso projeto tem melhores chances
de vitória", disse.
Na manhã desta terça-feira (1º), o pré-candidato participou de um café da manhã no Hospital de Base de São José do Rio Preto, se encontrou com um grupo de cerca de 40 pastores e participou com um grupo de 150 empresários do Lide Noroeste Paulista (Grupo de Líderes Empresariais).
O Lide foi fundado em 2003 pelo hoje governador e presidenciável João Doria, que liderou a entidade nos anos seguintes até afastar-se para a assumir a prefeitura de São Paulo em 2017.
Questionado sobre a visita em redutos de João Doria, Moro não citou o governador paulista, mas disse que vai trabalhar para conquistar o eleitorado do estado de São Paulo.
"São Paulo é muito parecido com o meu estado, o Paraná. Tem muitas similitudes. Nós vamos fazer a mesma coisa que vamos fazer no restante do país: conversar com as pessoas, falar a verdade e ouvir as demandas", disse.
Nesta
quarta-feira (2), Moro segue em agenda pelo interior paulista e visita a cidade
de Bebedouro (384 km de São Paulo). Lá, ele vai participar de um encontro com
líderes do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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