Tratar
Jair Bolsonaro com adjetivos como "insensível", "desumano"
e "inconsequente" — além de afirmar que o chefe do
executivo nacional teve participação na morte de 233.520 pessoas e que mantém
um gabinete do ódio, responsável por atacar as instituições — ofende
frontalmente a honra do presidente da República, tanto a subjetiva, quanto a
objetiva.
Esse
foi entendimento do corregedor nacional do Ministério Público, Marcelo Weitzel
Rabello de Souza, que decidiu abrir processo administrativo disciplinar para
apurar se o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges
Pereira, cometeu desvio funcional ao criticar o presidente Jair Bolsonaro
(PL). O CNMP deve decidir na próxima terça-feira (8/2) se acolhe ou não a
representação feita pelo parlamentar.
O
caso foi suscitado pelo deputado federal José Antônio dos Santos Medeiros
(Podemos). Em 2021, o PGJ ingressou com uma representação junto ao Supremo
Tribunal Federal contra Medeiros pela prática de disseminação de fake
news. A referida representação tramita sob sigilo no STF.
O
episódio que motivou a abertura do processo disciplinar ocorreu em
fevereiro de 2021, na cerimônia de posse do PGJ, em sua recondução ao cargo.
"Temos
um presidente da República insensível, desumano, inconsequente, terraplanista,
que desprezou a ciência e jogou a população contra os governadores e prefeitos
e, por consequência, já temos 233.520 mortos", disse Borges na ocasião.
Para
o corregedor, a conduta do PGJ de Mato Grosso deve ser considerada como
procedimento reprovável e que importa em desrespeito a uma autoridade
constituída, podendo ser enquadrada na infração prevista no artigo 190,
IX, da Lei Complementar Estadual 27/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público de
Mato Grosso).
Em
nota, a assessoria de imprensa do MP-MT informou que o PGJ já prestou
informações à Corregedoria-geral do Conselho Nacional do Ministério
Público. José Antônio Borges Pereira afirma que "está tranquilo e
sereno no seu ofício e aguarda com serenidade a decisão do CNMP".
Clique aqui para
ler a decisão do CNMP
Com informações de Rafa Santos é repórter da revista Consultor Jurídico.
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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