Está internado em Vitória da Conquista, sudoeste da
Bahia, após contrair Covid-19, O cantor, compositor e violeiro baiano
Elomar Figueira Mello, 84 anos, .
Segundo informações de familiares o quadro clínico do cantor é de melhoras, embora a doença tenha comprometido 50% do seu pulmão.
Elomar está no Hospital Samur.
Em
dezembro de 2020, durante a Virada Online de São Paulo, Elomar provocou reações
negativas na plateia ao chamar o vírus de "comunista", numa alusão
que remete à crítica da direita internacional sobre a doença ter sido
intencionalmente fabricada na China para obter lucros financeiros.
"(...)
mesmo dentro de uma crise, de um vírus comunista desgraçado, como esse que tá
aí, perturbando a nós todos e ao mundo...", disse o artista.
Não
há confirmação que Elomar tenha tomado as doses da vacina contra a Covid.
SOBRE ELOMAR
Com seu estilo típico de tocar violão, muitas vezes alterando a afinação do instrumento, Elomar criou fama entre o universo violeiro. Gravou em 1990 o festejado disco "Elomar em Concerto", acompanhado pelo Quarteto Bessler-Reis. Avesso à exposição na mídia para divulgação do seu próprio trabalho, prefere a vida reclusa da fazenda, longe das grandes metrópoles, criando bodes como o que inspirou ao cartunista Henfil o personagem Francisco Orellana. Mesmo assim, algumas de suas composições ficaram relativamente famosas, como "Clariô", "O Violeiro", "Arrumação" e "O Peão na Amarração".
Boa parte dos textos musicais e obras de Elomar são escritos em linguagem dialetal sertaneza (sic); título de linguagem atribuída por ele.
"Pois
assim é Elomar Figueira de Melo: um príncipe da caatinga, que o mantém
desidratado como um couro bem curtido, em seus 34 anos de vida e muitos séculos
de cultura musical, nisso que suas composições são uma sábia mistura do
romanceiro medieval, tal como era praticado pelos reis-cavalheiros e menestréis
errantes e que culminou na época de Elizabeth, da Inglaterra; e do cancioneiro
do Nordeste, com suas toadas em terças plangentes e suas canções de cordel, que
trazem logo à mente os brancos e planos caminhos desolados do sertão, no fim
extremo dos quais reponta de repente um cego cantador com os olhos comidos de
glaucoma e guiado por um menino - anjo a cantar façanhas de antigos cangaceiros
ou "causos" escabrosos de paixões espúrias sob o sol assassino do
agreste". (Vinícius de Moraes, 1973)
Fonte: Pega cifra
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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