Da Redação
O Japão projeta inaugurar
em 2022 uma rede experimental de ampla área de cobertura para testes com 5G dentro
do sistema de OpenRAN,
iniciativa que busca democratizar o acesso à internet com tecnologias abertas
capazes de se conectar e interagir entre si. As informações são do portal RCR
Wireless News.
O
projeto será coordenado pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações, em
conjunto com as principais empresas do setor de telecomunicações do país, entre
elas NTT DoCoMo, Rakuten Mobile e NEC.
A
expectativa é de que a nova tecnologia, que faz parte de um movimento de redes
móveis abertas por meio de um intercâmbio operacional de equipamentos – como
torres e antenas de transmissão compartilhadas –, barateie o preço final ao
consumidor e torne as empresas japonesas mais competitivas diante da forte
presença dos fornecedores chineses, em especial Huawei e ZTE.
Para
estimular o desenvolvimento, o governo japonês está colocando à disposição o
Parque de Pesquisa Yokosuka, em Kanagawa. O local servirá como uma área
experimental para as empresas Docomo, de telefonia celular, e Rakuten, um
conglomerado tecnológico, conduzirem testes com a OpenRAN.
O
órgão governamental estima que os quatro principais players de
telecom do Japão estarão preparados para implantar estações base 5G em todo o
país até abril de 2024.
As
empresas vêm se mobilizando há algum tempo para isso. Em 2018, a NTT DoCoMom –
a principal empresa de telefonia celular do Japão -, em parceria com a
AT&T, China
Mobile, Deutsche Telekom e Orange, anunciou a criação da O-RAN Alliance (“Aliança OpenRAN”), com
o objetivo de impulsionar novos níveis de abertura na rede de acesso de rádio
de sistemas sem fio de próxima geração.
Em
fevereiro deste ano, a operadora avançou com seu objetivo de estabelecer um
ecossistema OpenRAN ao selar um acordo de cooperação com 12 empresas para
progredir com o projeto, que tem o propósito de acelerar globalmente as redes
abertas de acesso de rádio.
Ao
mesmo tempo, a Rakuten Mobile assinou dois acordos diferentes com as empresas
compatriotas Fujitsu e NEC para promover a arquitetura de rede de
telecomunicações nos mercados globais do setor de telecom.
Por
que isso importa?
OpenRAN
é um movimento nascido em 2017 que busca democratizar o acesso ao mundo digital
e representaria, por meio de um intercâmbio operacional de equipamentos – como
torrese antenas de transmissão compartilhadas – uma libertação em relação aos
gigantes estrangeiros do setor.
O
futuro das redes de internet está nas redes 5G e no OpenRAN.
Resumidamente, o 5G é como uma porta que dá acesso a múltiplas novas
tecnologias, que precisarão de uma conexão de alta velocidade. Já o OpenRAN
é como a chave para abri-la e ainda democratizar a acessibilidade.
O
propósito da tecnologia é desagregar os protocolos e interfaces conhecidos para
uma nova estrutura que não dependa apenas das torres e antenas das bases de rádio
conhecidas – também chamadas de “caixas fechadas” por terem tecnologias
próprias, ou seja, que não se comunicam com outros provedores.
A
padronização e a abertura desses códigos visam inovar e acelerar ainda mais a
implementação e alcance do 5G.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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