Da redação
O
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco) informou nesta
tarde que chegou a 738 o número de auditores da Receita Federal que entregaram
cargos de chefia em protesto ao governo. Na última quinta-feira, 23, o número
de auditores que haviam aderido à iniciativa estava em 635. As informações são do Estadão.
De
acordo com o Sindifisco, o número representa 93% dos delegados (chefes de
unidade) em todo o País. O sindicato diz que todas as áreas são afetadas com a
paralisação, principalmente as alfândegas, portos e aeroportos, e pontos de
fronteira do país, com maior lentidão nas importações e exportações - a chamada
"operação padrão"
"A
semana de recesso de final de ano acaba gerando menor impacto, pois o volume de
cargas é pequeno. Mas em janeiro a tendência é haver um represamento
importante, inclusive de importações e exportações de alimentos", afirma o
sindicato em nota.
De
acordo com o comunicado divulgado, os auditores aguardam uma reunião com o
ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, mas não houve retorno até o
momento. "Enquanto não houver uma sinalização inequívoca por parte do
governo de que a pauta da categoria será atendida, o movimento tende a
recrudescer", diz o sindicato.
A
entrega de cargos de chefia não significa abandono, mas torna o trabalho da Receita
Federal impraticável em muitas áreas, com a chamada "operação
padrão". A revolta dos auditores com o governo teve início após o
Orçamento de 2022 aprovado pelo Congresso Nacional cortar verbas do órgão e
reservar espaço fiscal para reajuste de salário apenas de policiais federais,
uma demanda direta do presidente Jair Bolsonaro (PL), que estuda uma forma de
conter a insatisfação nas demais carreiras do funcionalismo.
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acesse, www: professortacianomedrado.com
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