Professor, Engenheiro, Administrador, Matemático e redator-chefe
Sempre que acontece algo no pais, a esquerda tenta polemizar e se aproveitar de forma mesquinha. Mais uma vez tinha que ser o petista Rui Costa em conchavo com seu “camarada ” argentino Alberto Ángel Fernandez que ofereceu envio imediato de dez profissionais especializados nas áreas de água, saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres.
De forma sagaz o governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, negou o pedido do governador petista, afinal qual o interesse do esquerdistas Alberto Fernandez, opositor ferrenho e declarado de Bolsonaro ? Só há um motivo, expor o governo brasileiro perante o mundo fazendo-os crer que não tem capacidade de lidar com os problemas do pais e se safarem de “bons mocinhos”. Não há dúvidas que tal decisão do governo argentino é meramente de caráter politico-ideológica, afinal um governo defenestrado como o de Alberto Fernandez que tem feito o povo argentino agonizar tem condições de ajudar outras nações , se nem sua consegue ajudar? Fernandez mal consegue cuidar da sua própria casa e se arvora a querer cuidar da casa dos outros .
Como
bem frisou o documento do Ministro das Relações exteriores
“"Na
hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares
de assistência, o Governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de
apoio da Comissão Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente
reconhecidos". Ainda no documento enviado oficialmente ao governo argentino diz: "
Soberania Nacional
Caso o governo brasileiro aceitasse a proposta indecente formalizada pelo governo argentino estaria dando uma demonstração de incapacidade e de fragilidade o que decerto feriria a imagem do pais l internacionalmente. O Brasil ja enfrentou problemas muito maiores do que os vividos nesse momento pelas chuvas e sempre soube solucionar e mitigar os efeitos sem a necessidade de interferência de outros países, ainda mais daqueles, que declaradamente se opõe ao governo brasileiro e tentam de todas as formas desestabiliza-lo.
Com todo respeito que nos brasileiros temos com nossos Los Hermanos argentinos, que o senhor Fernandez economize esse dinheiro, que parece está sobrando e aplique em políticas públicas em favor do povo argentino que está passando por serias crises econômicas.
Caverna de Platão Argentina
Em matéria publicada pelo AFP, intitulada :" Há 20 anos, Argentina mergulhava na pior crise de sua história" . O texto relata que a Argentina viveu há 20 anos a pior de suas crises econômicas e políticas, com o maior default da história, o colapso da taxa de câmbio fixo, o confisco de depósitos bancários e um presidente que fugiu de helicóptero em meio a uma revolta popular.
As
cicatrizes daquele trauma são perceptíveis ainda hoje em uma desconfiança
generalizada com os dirigentes políticos, contra os quais a população pedia aos
gritos, em 2001, "Vão embora todos!". Cerca de 40 pessoas morreram
baleadas por policiais em manifestações e saques.
A
queda do governo conservador de Fernando de la Rúa ocorreu em meio a um vácuo
de poder, após a explosão da âncora cambiária de um dólar igual a um peso, um
modelo que, juntamente com as privatizações e a abertura comercial
descontrolada, deram uma falsa ilusão de prosperidade a um país empobrecido.
Milhares
de pessoas correram para os supermercados para saquear alimentos, um contraste
brutal com a época em que muitos argentinos compravam itens importados de luxo,
graças ao peso sobrevalorizado.
O
ano de 2001 entrava na memória coletiva. "Houve uma sensação de forte
orfandade, desconfiança com as instituições, o Estado e os bancos", disse
à AFP o historiador Felipe Pigna.
Os
poupadores pediam, com gritos e panelaços, a devolução do seu dinheiro
bloqueado nos bancos no 'corralito', instrumentalizado pelo ministro da
Economia Domingo Cavallo em busca de evitar o colapso do sistema bancário.
Enquanto
as pessoas repetiam nas ruas "Chorros, chorros, devuelvan los
ahorros!" (Ladrões, ladrões, devolvam a poupança), batiam com martelos nas
portas abaixadas dos bancos.
Cavallo
tinha sido ministro do peronista de direita Carlos Menem (1989-1999). Foi o pai
da "Conversibilidade" de um por um, que durou dez anos até que
explodiu no colo de De la Rúa.
"Dos
77.000 dólares que tinha no banco, no 'corralito' perdi 40.000. Aquele dezembro
foi terrível, tinha confusão por todos os lados", evocou à AFP o analista
de sistemas Ricardo Lladós, de 71 anos.
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Um país incendiado -
"Sente-se
um gosto agridoce de 2001: por um lado, a tragédia total e por outro, a reação
sadia das pessoas por conta própria, tentando reconstruir uma situação
desastrosa, catastrófica", disse Pigna.
"Lembro
com muita tristeza de ver a oficina parada", contou à AFP Fernando Soto,
de 57 anos, na época chefe de uma metalúrgica.
Um
estudo científico mostrou que entre 1999 e 2002 houve cerca de 20.000 mortes
por problemas cardíacos a mais do que o habitual na Argentina.
Em
meio ao incêndio, De la Rúa decretou estado de sítio em 19 de dezembro. A
polícia montada avançou contra as Mães da Praça de Maio, que buscam seus filhos
desaparecidos durante a ditadura. Foi como jogar lenha na fogueira. Centenas de
milhares foram às ruas.
"A
lembrança é de sangue, dor e o estado de sítio, que é coisa de uma
ditadura", refletiu Pigna.
De
la Rúa, da ala conservadora da social-democrata União Cívica Radical (UCR),
renunciou e fugiu em um helicóptero da Casa Rosada, cercada por manifestantes,
ao entardecer de 20 de dezembro.
"Abandonou
o barco em uma crise inédita, com enorme custo social, aumento geométrico da
pobreza (57%) e desemprego (20%) e milhões de afetados com a (posterior)
desvalorização" do peso, explicou à AFP o acadêmico Pablo Tigani, mestre
em Política Econômica Internacional.
A
dívida pública era impagável. Nomeado presidente pelo Congresso, o peronista
Adolfo Rodríguez Saá declarou, entre vivas, o maior default da história de 100
bilhões de dólares (70% do passivo). Durou uma semana no poder.
Outro
presidente peronista de direita, Eduardo Duhalde, assumiu o cargo e convocou
eleições antecipadas. Assim surgiu um presidente também peronista, mas situado
mais à esquerda, Néstor Kirchner (2003-2007), que iniciou uma era que continuou
com dois mandatos de sua esposa, a hoje vice-presidente Cristina Kirchner.
Durante
este período, a Argentina cancelou a dívida que tinha com o FMI em um pagamento
de 9,5 bilhões de dólares e reestruturou bônus com apoio de 93% dos credores. O
restante foi devolvido em julgamentos como "fundos abutre", que
compararam a dívida já em default e litigaram nos Estados Unidos para conseguir
pagamentos e lucros.
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Dívida e inflação crônicas -
A
Argentina, em meio a uma nova crise monetária, voltou a pedir ajuda ao FMI
durante o mandato do liberal Mauricio Macri (2015-2019). Recebeu o maior
empréstimo que o organismo já concedeu a um país: 57 bilhões de dólares, dos
quais desembolsou US$ 44 bilhões.
Macri
sustentou que os recursos foram usados para pagamentos a bancos privados que
avaliavam deixar o país, para que recuperassem investimentos.
A
Argentina tem vencimentos de 20 bilhões de dólares ao ano em 2022 e 2023, e
suas reservas internacionais exíguas e sua situação econômica - em recessão
desde 2018, com inflação de 51% ao ano e pobreza de 40,6% -, a obrigam a
renegociar com o Fundo.
Embora
os bancos apoiem os depósitos em dólares (20% do total), existe um controle de
câmbios que limita os saques. E para demonstrá-lo, basta um botão: uma notícia
falsa de 'corralito' provocou em novembro saques de depósitos.
"O
ano de 2001 é um fantasma que ressurge em tempos de crise. Não em termos
racionais, mas sim emocionais", concluiu Piña.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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