Ashley
Mailey Bravo Vasquéz, 6 anos de idade, da Guatemala: boa alimentação não é um
direito de todos na América Latina (Foto: Unicef)
Da Redação
Um
novo relatório publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas) aponta que a
fome na América Latina e no Caribe atingiu seu ponto mais alto desde 2000. Os
dados mostram que houve um aumento de 30% no número de pessoas sem acesso a
alimentação entre 2019 a 2020, com a fome atingindo 59,7 milhões.
De
acordo com o representante regional Organização para Alimentação e Agricultura
(FAO) da ONU, Julio Berdegué, a região enfrenta uma situação crítica de insegurança
alimentar. Ele afirma que, nos últimos seis anos, houve um aumento de quase
79% no número de pessoas que vivem com fome.
Atualmente,
a prevalência na América
Latina e no Caribe é a maior em15 anos. Embora ligeiramente abaixo
da média
mundial, o estudo mostra que apenas entre 2019 e 2020, a taxa de famintos
subiu em 2%.
Entre
2018 e 2020, o Brasil apresenta uma das percentagens mais baixa de desnutrição
no continente, sendo inferior a 2,5%. Países como Cuba e Uruguai possuem dados
semelhantes. O Haiti é o país com a maior taxa, superando 48%. A Venezuela vem
na sequência, com 27% e a Nicarágua aparece em terceiro lugar, com mais de 19%.
O
relatório também aponta que a insegurança alimentar afetou 41% da população na
região em 2020. O número representa 60 milhões de pessoas a mais em comparação
com 2019. O aumento total é de 9%, o maior em relação a outras
regiões do mundo. Apenas na América do Sul, o número subiu 20,5% nos
últimos seis anos.
Os
casos de insegurança alimentar severa, ou pessoas sem comida ou que passaram um
dia ou mais sem comer, atingiu 14% no último ano. São 92,8 milhões afetados,
contra 47,6 milhões em 2014.
Segundo
o relatório, a insegurança alimentar afetou homens e mulheres de forma
desigual. Em 2020, 41,8% das mulheres na região enfrentaram o problema, em
comparação com 32,2% dos homens. A lacuna tem crescido nos últimos seis anos,
subindo drasticamente de 6,4% em 2019 para 9,6% em 2020.
Os
dados também apresentam que outras formas de desnutrição aumentaram na região:
um em cada quatro adultos sofre de obesidade na América Latina e no Caribe.
Entre
as crianças, o sobrepeso subiu nos últimos 20 anos e já atinge 3,9 milhões, sendo
que 7,5% possuem menos de cinco anos. O grupo é 2% maior que a média mundial. O
problema é maior nos países da América do Sul, onde 8,2% dos menores tem
excesso de peso.
Conteúdo
adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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