Da Redação
Veracidade
das imagens tem sido bastante contestada, principalmente porque inclui imagens
que teriam sido gravadas pelo próprio agressor.
A KGB de Belarus (Comitê de Segurança do Estado, da sigla em russo) informou que um de seus agentes foi morto numa troca de tiros com um cidadão de Minsk, que também morreu no embate. A ação policial ocorreu na terça-feira (28), e a televisão estatal exibiu um vídeo que alega ter sido gravado durante os eventos, segundo a Radio Free Europe. As informações são do site a Referencia.
A agência
de segurança não deu maiores informações sobre o indivíduo que trocou
tiros com os agentes, referindo-se a ele apenas como “terrorista”. A expressão,
porém, é frequentemente usada pelo repressivo regime de Alexander Lukashenko para
se referir a manifestantes de oposição.
O
vídeo tem sido bastante contestado, sobretudo porque ele inclui imagens de
dentro do quarto do “terrorista“.
A alegação é de que as imagens foram registradas pelo próprio homem, em câmera
própria, e editadas ao lado das imagens gravadas pela polícia.
“Durante
medidas especiais de verificação de endereços, onde pessoas envolvidas em
atividades terroristas poderiam estar localizadas, uma pessoa extremamente
perigosa abriu fogo contra policiais de um dos apartamentos, resultando no
ferimento fatal de um oficial do Comitê de Segurança do Estado (KGB)”, diz um
comunicado das autoridades.
Franak
Viacorka, conselheiro da líder oposicionista belarussa Sviatlana
Tsikhanouskaya, disse no Twitter que o homem morto pelos agentes da KGB era
Andrey Zeltsar e trabalhava com TI (tecnologia de informação) “em uma das
maiores empresas de TI de Belarus, a @EPAMSYSTEMS”. Inicialmente, ele afirmou
que Zeltsar tinha cidadania norte-americana, o que negou posteriormente.
“O
que se sabe hoje sobre o tiroteio: a esposa de Andrei Zaltser está detida, ela
é suspeita de cumplicidade em assassinato. A família tem um filho – ele está
com os avós. A cidadania americana de Zaltser não foi confirmada. O homem tinha
licença para possuir o rifle de caça”, diz um post de Viacorka acompanhado da
foto de Zeltsar.
Por
que isso importa?
Milhares
de opositores
ao regime de Lukashenko foram presos ou forçados ao exílio desde as
controversas eleições presidenciais do ano passado, que credenciaram o
governante a exercer seu sexto mandato. O pleito tem fortes indícios
de fraude, o que gerou manifestações em massa da população local e aumentou
consideravelmente a desconfiança em torno do governo.
De
lá para cá, as autoridades do país têm sufocado ONGs e a mídia
independente, como parte de uma repressão brutal contra cidadãos que
contestam os resultados oficiais do pleito. Oposicionistas são frequentemente
classificados como “extremistas” ou “terroristas”, o que dá espaço à violência
das agências de segurança e aos abusos judiciais cometidos para manter os
críticos encarcerados ou exilados.
O presidente, chamado de “último ditador da Europa”, está no poder desde 1994 e parece não se incomodar com a imagem de autoritário. Pelo contrário. A porta-voz de Lukashenko, Natalya Eismont, chegou a afirmar em 2019, na televisão estatal, que a “ditadura é a marca” do governo de Belarus.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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