Da Redação
O Taleban está em grande
vantagem na guerra contra as forças de segurança do Afeganistão. A conquista
de dois grandes centros urbanos marcou a virada a favor dos jihadistas, que nos
últimos dias dominaram as cidades de Kandahar e Herat, segundo informações do
site local Gandhara.
“A queda
de Kandahar parece um evento revolucionário”, diz Jonathan Schroden,
ex-conselheiro das Forças Armadas dos EUA e atualmente especialista em
segurança da organização sem fins lucrativos CNA. “Por se tratar da ex-capital
do Emirado Islâmico do Afeganistão, a tomada da cidade parece restabelecer o
emirado”, acrescenta ele, referindo-se ao nome oficial que o Taleban adotava
para a região que governou entre 1996-2001.
Desde
maio, aproveitando a fase final da retirada das tropas dos EUA e da Otan
(Organização do Tratado do Atlântico Norte), os talibãs assumiram o controle de
extensas áreas rurais do país. Mais recentemente, a organização iniciou o
processo de tomada das grandes cidades.
Na
semana passada, o Taleban conquistou a maior parte de Lashkar Gah, capital da
província de Helmand, no sul, onde os extremistas tomaram nove dos dez distritos
policiais da cidade. Os confrontos seguem intensos, assim como os
ataques aéreos dos EUA e do governo afegão, insuficientes para conter os
jihadistas.
Na
quarta-feira (11). o Taleban assumiu o comando do aeroporto de Kunduz, numa
ação rápida que levou a maioria das tropas
governamentais a se render. Na sequência, os insurgentes dominaram
Ghazni, e uma nova ofensiva nesta sexta-feira rendeu mais vitórias aos
insurgentes. Agora, eles controlam metade das 34 províncias do país.
A
conquista de Ghazni tem uma grande importância
estratégica, pois a cidade fica ao longo da principal rodovia do país, que
liga Cabul a Kandahar, conectando a capital do país aos redutos talibãs no sul.
O
próximo passo é a capital nacional Cabul, cuja conquista colocaria em sério
risco a sobrevivência do governo que hoje comanda oficialmente o país e que
conta com o apoio do Ocidente.
Negociações
de paz
Na
tentativa de encerrar o conflito, o governo afegão iniciou um processo de
negociação sob a mediação do Qatar. De acordo com a agência qatari Al
Jazeera, no último dia das negociações, que foi nesta quinta-feira (12),
teria sido oferecido aos talibãs uma participação no poder central em troca de
um cessar-fogo.
A
proposta, não confirmada oficialmente pelo governo, parece pouco atraente ao
Taleban, diante da possibilidade de assumir o controle
total do país com uma vitória armada.
No
Brasil
Casos
mostram que o Brasil é um “porto
seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do
site The
Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações
terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad
Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em
2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de
Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista,
coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em
2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF
prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados
semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao
Estado Islâmico foram presos e dois fugiram.
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Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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