Da Redação
Em reunião, a ilha autônoma discutiu com os EUA pesca ilegal e operações conjuntas de resgate, irritando os chineses
O
TAO (Escritório Para Assuntos de Taiwan, da sigla em inglês)
de Beijing disse
nesta quarta-feira (11) que se opõe a qualquer tipo de aliança militar entre os
Estados Unidos e a ilha autônoma. E afirmou que “Taipé Chinês será punido por
se envolver com Washington”, informou o jornal Taiwan News.
O
comunicado do departamento surge após um encontro entre autoridades das guardas
costeiras dos EUA e de Taiwan, que na terça-feira (10) debateram pesca ilegal e operações
conjuntas de resgate, a fim de estabelecerem uma patrulha conjunta na costa
leste taiwanesa.
O
TAO disse que “tomou nota de relatórios relevantes” e que as autoridades do
Partido Progressista Democrático (DPP) de Taiwan inevitavelmente sofrerão as
consequências por “brincar
com fogo”.
O
governo de Taiwan negou que a ação tenha ocorrido, embora tenha admitido
que as
duas nações fizeram uma reunião virtual inaugural de cooperação na
quarta-feira (11).
O
Ministério das Relações Exteriores de Taiwan não mencionou especificamente a
China e, em vez disso, referiu-se à IUU (pesca ilegal, não relatada e não
regulamentada, da sigla em inglês) e à cooperação bilateral em missões de
resgate.
Taiwan
e Estados Unidos firmaram o compromisso de realizarem reuniões mais frequentes
para discutir questões de interesse mútuo, além de fortalecerem sua capacidade
de resposta aos desafios marítimos.
Questão
delicada
Taiwan
é uma questão territorial sensível para os chineses, que não admitem que a
ilha autônoma seja tratada como país independente. Relações exteriores do
gênero, para Beijing, estão em desacordo com o princípio defendido de “Uma
Só China“, que trata também Hong Kong como território chinês.
Diante
da aproximação do governo taiwanês com os estados Unidos, a China endureceu
sua retórica contra as reivindicações de independência da ilha
autônoma no ano passado, e as tensões geopolíticas escalam com rapidez na
região.
Jatos
militares chineses passaram a realizar
exercícios militares nas regiões limítrofes com Taiwan, enquanto
Beijing deixou claro que não aceitará a independência do território “sem
uma guerra”.
Enquanto isso, China e EUA disputam o duelo comercial, financeiro e tecnológico que se acentuou por conta da pandemia.
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