A
proposta do novo Código Eleitoral, elaborada pela deputada Margarete
Coelho (Progressistas-PI), incluiu de última hora um dispositivo que pode
barrar qualquer pretensão eleitoral do ex-juiz Sergio Moro e
afastá-lo da disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. A última redação do
texto, protocolada nesta quarta-feira, 25, na Câmara dos Deputados, prevê que
juízes, policiais e promotores ficam impedidos de se candidatar até cinco anos
depois de deixar o cargo. O texto ainda precisa ser aprovado por deputados e
senadores para entrar em vigor.
Moro
pediu a exoneração do cargo de juiz federal em novembro de 2018 para assumir o
posto de ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente Jair Bolsonaro.
Pelo prazo fixado por Margarete, a quarentena do ex-juiz da Lava Jato só
termina em 2023, o que inviabilizaria qualquer candidatura dele no pleito do
próximo ano. Segundo aliados de Margarete, o veto foi uma demanda de partidos
de centro. A medida atingiria não apenas Moro, mas também delegados e
promotores que possam atrair holofotes para se cacifar politicamente.
O
projeto de lei complementar, que reúne 371 páginas e traz 905 artigos que
atingem a legislação eleitoral, já havia provocado controvérsia por conta de
outros pontos, ao esvaziar as competências do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), permitir a contratação de auditorias privadas para analisar a
prestação de contas de candidatos -- e impedir que plataformas digitais excluam as contas de
candidatos durante o período de campanha.
Procurado
pela reportagem, Moro ainda não se manifestou.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.co
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