XVIII JOGOS PAN-AMERICANOS LIMA 2019 - BRASILEIRO GANHA MEDALHA DE OURO NO TAEKWONDO


Atleta Taekwondo  Edival Marques, "o Netinho"

O Brasil conquistou sua terceira medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima na noite deste domingo (28) de forma emocionante. Edival Marques, conhecido como Netinho, de 21 anos, virou para cima do dominicano Bernardo Pie na parte final no terceiro e último round e venceu por 17 a 14 a decisão do taekwondo até 68 quilos.

Durante a luta, o brasileiro afirmou ter notado uma movimentação diferente de seu oponente, deduzindo que ele teria problemas físicos. A partir daí, calculou qual seria sua estratégia: agredir sem parar.

Acho que ele estava machucado. Aí pensei em chutar até o final da luta, até ele não aguentar mais. Tinha fôlego para isso e consegui virar – afirmou.


Em suas três lutas até a medalha, o paraibano de João Pessoa contou com o apoio da torcida brasileira, formada por outros atletas, turistas e brasileiros expatriados no Peru. Na arquibancada do centro esportivo de Callao, uma cidade na região metropolitana de Lima, havia uma bandeira do Brasil e outra do Flamengo.

A julgar pelo desempenho dos lutadores brasileiros nas duas primeiras jornadas da modalidade, a torcida pode muito bem ficar maior nesta segunda, no encerramento de seu calendário. Até o momento o taekwondo brasileiro ganhou três medalhas neste Pan.

No sábado, a rondoniense Talisca Reis, namorada de Netinho, foi prata na categoria até 49 quilos. Antes, o potiguar Paulo Ricardo ganhou bronze na categoria até 58 quilos.

– Estamos pensando em Tóquio já com certeza. Vamos tentar classificar pelo ranking. Aqui soma 40 pontos, e eu vou subir bastante. Vamos continuar na briga – disse Netinho.

Antes de alcançar o lugar mais alto do pódio, o lutador dominou seus adversários. Primeiro, bateu o costarriquenho Juan Soto por 30 a 17 nas quartas de final. Pouco depois, derrotou o chileno Ignacio Morales por 18 a 7.
Netinho passou a ser considerado uma grande promessa do taekwondo brasileiro desde que surgiu aos 16 anos, quando foi campeão sul-americano e ouro no mundial juvenil e nas Olimpíadas da Juventude, tudo em 2014. Ao passar para o time adulto, seu desempenho caiu e ele acabou não participando da Rio-2016. Agora se apresenta como uma realidade do esporte de elite brasileiro.

– Sim, com certeza [deixa de ser promessa]. Só eu medalhei em dois Grand Prix, então venho mostrando no decorrer do tempo que não seria só promessa. E está aí, graças a Deus: campeão dos Jogos Pan-americanos – afirmou o atleta.

Fonte: Folhapress



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