Mais importante do que garimpar nomes de deputados e senadores para 2026, o eleitor deveria fazer uma "Mea culpa" pelas últimas escolhas
Por; Taciano Medrado
Olá carissimos,
Antes de iniciar esse artigo gostaria de definir o que significa o termo Mea culpa. segundo o Wikipédia, é uma frase em latim que significa "minha culpa" e é usada para admitir um erro ou falha, assumindo a responsabilidade pelo que aconteceu. A expressão tem origem em uma oração de confissão católica, a Confiteor, mas hoje é usada de forma mais geral para reconhecer um erro.
Esclarecido o significado do termo, então agora vamos ao que interessa. Em períodos pré-eleitorais, quando o calendário político começa a pulsar mais forte, multiplicam-se análises, articulações e listas de possíveis candidatos capazes de “renovar” o Congresso Nacional.
Nas rodas de conversa e nas redes sociais, muita gente se dedica a garimpar nomes de deputados e senadores que, em tese, poderiam representar uma mudança significativa em 2026, como se escolhesse uma roupa nova para seu guarda roupa. No entanto, essa busca incessante por “salvadores da pátria” ignora um ponto crucial e incômodo: a responsabilidade direta do eleitor no estado atual da política brasileira.
É cômodo culpar o sistema, os partidos e os políticos profissionais, como se eles surgissem do nada, desconectados da sociedade que os elege. A verdade é que o Congresso que aí está é, em grande medida, um espelho do próprio eleitorado, de suas escolhas, omissões, paixões momentâneas e votos trocados por promessas vazias ou benefícios imediatistas. Antes de exigir reformas profundas, o eleitor deveria ter a coragem de fazer uma Mea culpa.
É preciso reconhecer que muitos dos problemas que hoje engessam a democracia, fisiologismo, populismo barato, corrupção e mediocridade legislativa, só se perpetuam porque uma parcela significativa da população segue votando sem critério, sem pesquisa, sem memória política. A lógica do “fulano é gente boa”, “ciclano me ajudou uma vez”, ou “vou votar porque meu líder mandou” continua moldando bancadas inteiras em Brasília.
O eleitor precisa assumir o papel que realmente lhe cabe: o de protagonista. É hora de parar de buscar milagres eleitorais e começar a entender que transformação exige responsabilidade individual. Isso inclui estudar a vida pública dos candidatos, acompanhar votações, cobrar coerência e, principalmente, abandonar a cultura da terceirização da culpa.
A mudança para 2026 não virá apenas da escolha de novos nomes. Virá, sobretudo, de uma postura cidadã mais madura e consciente. E essa mudança começa com um ato simples, mas essencial: olhar para si mesmo e admitir que, para além do garimpo de candidatos, a mea culpa do eleitor é a verdadeira pedra fundamental da democracia que desejamos construir.
Afinal de contas, uma roupa nova em um corpo velho não passa de um simples adereço.
(*) Professor e analista político
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