Tia, sim. Por que não?


✍️ Por Taciano Medrado

Olá, caríssimos, muitas vezes vejo alguns artigos opinativos dos chamados “especialistas” criticando a forma como as crianças do ensino fundamental I,  em especial do maternal e das séries iniciais,  tratam seus professores de “tia”. E confesso que me inquieta essa mania que as pessoas têm de querer “reinventar a roda”. Como pai, avô e, acima de tudo, como profissional da educação, enxergo positivamente esse tipo de tratamento. Afinal, a relação aluno–professor deve se lastrear na afetividade e na confiança.

Em tempos de tantas transformações sociais e tecnológicas, algumas palavras simples ainda carregam significados profundos,  e, às vezes, mal compreendidos. Uma delas é “tia”. Em muitas escolas brasileiras, esse termo é usado com carinho para se referir às professoras da educação infantil e das séries iniciais. No entanto, há quem critique o costume, argumentando que ele diminui o papel do profissional da educação. Mas será mesmo?

Chamar uma professora de “tia” não precisa, necessariamente, ser um ato de desvalorização. Pelo contrário: pode representar afeto, vínculo e respeito. No contexto da infância, a figura da “tia” é aquela que acolhe, orienta e educa com empatia,  uma ponte entre o lar e a escola. Em muitas comunidades, onde a escola é mais que um espaço de ensino,  é um refúgio, um lugar de afeto e proteção, a “tia” é símbolo de confiança e cuidado.

É claro que o reconhecimento profissional é essencial. As professoras são educadoras formadas, com saberes técnicos e pedagógicos fundamentais para o desenvolvimento das crianças. Mas é possível ser “tia” e ser profissional. O problema não está na palavra, mas no olhar de quem a interpreta com desprezo.

Talvez o segredo esteja em ressignificar. “Tia”, quando dita com amor, não tira o valor de ninguém,  acrescenta. Mostra que, para além do conhecimento, há humanidade. E é justamente essa combinação de saber e sensibilidade que forma os verdadeiros educadores.

Portanto, tia, sim. Por que não?

O que precisamos é de mais respeito,  e jamais de menos afeto.

Professor e redator-chefe do Editor do TMNews do Vale

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