Circo sem lona!

Foto crédito TMNews do Vale

(*) Valter Bernat

Nosso Poder Executivo, hoje, está de joelhos diante do Legislativo e todos estão de joelhos para o Judiciário. Não há equilíbrio como prega a Constituição. O STF parece que quer governar o país. Os deputados e senadores se apoderaram do orçamento público com as “super emendas”, sejam elas de Comissão, de Bancada, de Liderança ou de Relator, etc… Hoje, vou me deter mais no Executivo e, principalmente no Legislativo, cuja atuação está em alta na mídia.

No Executivo, segundo as pesquisas, o patamar de votos que Lula tem, atualmente, é de cerca de 35%. É aquela parcela de eleitores que não o abandona em hipótese alguma. Porém, para continuar no cargo de presidente da República, como é sua intenção, muita coisa tem de mudar. Na economia, há um desconforto com a geração de novos impostos, em vez de priorizar o corte de gastos. No escândalo do INSS, até agora não houve solução quanto ao ressarcimento aos aposentados e, ao que parece, será com o próprio dinheiro do governo, ou seja, nosso..

Atos danosos como receber um ditador – Maduro, da Venezuela – com tapete vermelho e dar asilo, com voo para o Brasil via jatinho da FAB, à ex-primeira-dama do Peru, condenada em seu país a 15 anos de prisão por corrupção, e agora se dispor a visitar a ex-presidente Cristina Kirchner, também presa na Argentina pelo mesmo motivo, são atitudes antidemocráticas, que afastam ainda mais os eleitores, ou seja, para quem pretende se reeleger em 2026, Lula só tem dado tiro no pé!

O quase oitentão jura que permanece vigoroso, em todos os sentidos, segundo ele. Provocador até nas vírgulas. As palavras duras de Lula podem soar, para alguns, como desespero. Ele pisa na chamada direita sem dó nem piedade. Permanece com a caneta cheia de tinta. Experiente em disputas eleitorais, sabe que em eleição vale tudo, menos perder. “Eleição não se ganha, se toma!”. Lembram?

Lula já lançou flechas nos possíveis adversários: Ratinho, Tarcísio, Caiado e Zema. Seu trunfo é acreditar na polarização, diluindo a força dos eventuais concorrentes, mas a “virulenta direita” – na definição de Lula – pode vestir-se de grandeza e desprendimento e lutar unida em torno de um nome. A briga pelo poder ficaria, então, mais fascinante. Deixando Lula, o PT e seguidores mais atentos e com os pés no chão.

Com a “Constituição cidadã” – parte de nossa desgraça – vieram partidos nanicos com o mesmo desdém público atrás do Fundo partidário. Assim, plantaram na sociedade brasileira um vácuo que carregamos até hoje. Sorte nossa que a iniciativa privada transformou o Brasil na potência que está aí. Uma das dez maiores economias do mundo. O que falta na política brasileira sobra na iniciativa privada: preparo e vontade de servir.

Agora sobre as pesquisas: elas são sempre sobre o Executivo, se a população aprova ou não o atual governo. Eu gostaria que fosse realizada uma pesquisa sobre a satisfação das pessoas com o Congresso. Sobre sua eficiência e sobre a satisfação com os senadores e deputados federais, inclusive nomeando alguns. Não seria legal?

Sugiro que os institutos, tão ávidos por pesquisas, façam esta coleta de dados e publiquem o resultado para que, com isso, possamos dar bagagem aos eleitores na próxima eleição geral. Grande parte dos nossos problemas vem de uma atuação deste grupo que, na sua maioria, foca seus interesses próprios e continuar no poder.

Ao contrário do corte de gastos, o Legislativo agora aumentou o número de Deputados, segundo eles seguindo sentença do STF. Mentira! A sentença foi que alguns estados deveriam perder deputados e outros ganhar. Eles, simplesmente ignoraram a decisão e apenas deram mais deputados àqueles estados que estavam com menor representação.

Aonde foi parar o nosso sistema proporcional? Agora temos estados inchados, com número de deputados em desacordo com a Constituição. Isso vai ficar assim? Vamos ficar calados?

As emendas parlamentares são o retrato mais fiel que temos da chamada democracia brasileira: grupos de elite disputam, como abutres disputando carniças, parte generosa do dinheiro público para seus redutos eleitoreiros, assim como um torniquete que aperta e faz faltar o sangue em partes do corpo social que, então, gangrenam, apodrecem e, em suplício, morrem.

Esse sistema de poder político que temos, mal disfarçado de presidencialismo democrático, nada mais é que, em verdade, um grande feudalismo moderno, repleto de suseranos, barões, instrumentos de tortura e, também ainda, uma plebe, ralé, que se contenta com umas sobras que caem ao chão. Circo sem lona!

O Congresso faz tanto contra os interesses do povo, e é insensível aos clamores da sociedade, que finalmente está acordando as pessoas para descalabros perpetuados na “Casa da democracia”, que agora tem donos, com suas bancadas governando de acordo com seus interesses. E o povo fica do lado de fora. É pro povo? Eles engavetam. É pra eles? Aprovam rapidinho. Mas tudo tem limites!

Estamos cansado de só pagar! Todos os poderes têm que economizar pelo bem do Brasil e dos brasileiros! O Poder Executivo vive de pires na mão, encurralado pelos lobos cada vez mais famintos dos ditos congressistas, independente de quem está no poder.

Se o povo der uma resposta à altura, essa turma vai se enquadrar.

(*) Advogado, analista de TI e editor do site O Boletim

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