(*) Taciano Medrado
O improvável aconteceu. E, como nas mais belas histórias que o futebol ousa escrever, foi com alma, garra e camisa pesada que o Botafogo de Futebol e Regatas entrou para a história do futebol mundial.
Em pleno solo americano, no tão aguardado Mundial de Clubes da FIFA 2025, o Glorioso venceu o Paris Saint-Germain e cravou, com letras douradas, seu nome no topo do planeta bola.
Em jogo pela 2ª rodada da Copa do Mundo de Clubes, o Botafogo venceu o Paris Saint-Germain por 1 x 0, nesta quinta-feira (19/6), com golaço de Igor Jesus. O jogo, válido pelo Grupo B da competição, foi disputado no lendário estádio Rose Bowl, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
O gol da partida foi marcado pelo centroavante Igor Jesus, aos 35 minutos do primeiro tempo, levando à loucura a barulhenta torcida do Botafogo presente ao estádio — o mesmo palco onde, em 1994, a Seleção Brasileira conquistou o tetracampeonato mundial sob o comando do saudoso Zagallo.
Não foi apenas uma vitória. Foi um resgate. Um recado ao mundo de que o futebol brasileiro ainda pulsa — e pulsa forte. Que nossas raízes não estão secas, apenas sufocadas pela pressa dos milhões, pela arrogância europeia, pelas gestões desastrosas e pelo descaso com a base.
O PSG entrou em campo como favorito. Um elenco milionário, marketing global, craques de grife e ostentando título de campeão da Champions League. Mas do outro lado havia uma instituição centenária, que soube renascer das próprias cinzas nos últimos anos, com planejamento, paixão e torcida fiel.
O glorioso Botafogo, desacreditado pela maioria da imprensa transformou descrença em combustível, silêncio em grito e humildade em fúria competitiva e calou boca dos céticos. A vitória por 1 a 0, com o golaço de Igor Jesus, não foi só técnica. Foi emocional. Foi simbólica.
O Botafogo fez o que muitos clubes brasileiros esqueceram como se faz: jogar com identidade. Representar um povo, uma história, uma pátria. E ao dominar o jogo com coragem e disciplina tática, o time da estrela solitária fez brilhar novamente o respeito que o futebol brasileiro perdeu — mas não esqueceu.
Que esse feito inspire outros clubes a repensarem prioridades. Que o Brasil olhe com mais carinho para suas categorias de base, suas comissões técnicas, seus torcedores e, principalmente, sua história. Porque o futebol brasileiro não precisa copiar ninguém. Basta lembrar quem ele já foi.
(*) Professor e redator-chefe
Não
deixe de curtir nossa página Facebook e também Instagram para
acompanhar mais notícias do TMNews do Vale (Blog do professor TM)
Envie informações e sugestões para o TMNews do Vale pelo WhatsApp: (74)98825-2269
Postar um comentário