(*) Bruno Cesar
Você recebe uma ligação de um número que não conhece. Do outro lado, uma voz com tom urgente se apresenta como funcionário do banco, representante de uma empresa de entregas ou até mesmo alguém dizendo que você foi vítima de um golpe e precisa agir rápido. Parece comum? Pois é. Justamente aí que mora o perigo.
O golpe do telefone desconhecido é uma tática cada vez mais utilizada por criminosos para enganar vítimas e aplicar fraudes, roubando informações sensíveis, acessando contas bancárias ou induzindo transferências via Pix.
O roteiro pode variar, mas a estratégia é sempre baseada na engenharia social, ou seja, na manipulação psicológica da vítima.
Em alguns casos, o golpista se apresenta como um atendente do banco e informa que sua conta está sob ataque, pedindo que você confirme dados ou realize transações para “proteger o saldo”. Na verdade, ele está te guiando para cair no golpe. Em outras situações, alguém diz ser do suporte técnico de uma operadora ou fabricante do celular e induz a vítima a instalar aplicativos de acesso remoto, como AnyDesk ou TeamViewer, dando ao criminoso total controle do dispositivo. Há também quem ligue dizendo que há uma entrega pendente, mas para recebê-la é preciso confirmar dados pessoais, pagar uma taxa ou clicar em links enviados por SMS ou WhatsApp. E há ainda os que fingem ser parentes em apuros, muitas vezes com a voz distorcida, exigindo dinheiro imediato para resolver uma situação falsa, como um acidente, sequestro ou prisão.
Esse tipo de golpe funciona porque se apoia em três pilares: urgência emocional, aparência de autoridade e uso de dados que já podem ter sido vazados ou coletados em redes sociais. Quando o criminoso cria um clima de pânico, a vítima perde a capacidade de raciocínio crítico. Ao se passar por um banco ou empresa confiável, ganha credibilidade. E quando já conhece informações como nome completo, CPF ou endereço, o golpe soa ainda mais convincente.
A melhor forma de se proteger é manter a calma e desconfiar. Ligações inesperadas que exigem ações imediatas devem acender o alerta. Nunca confirme dados pessoais ou bancários por telefone, mesmo que o número pareça oficial. Não instale aplicativos por orientação de desconhecidos. Evite clicar em links enviados logo após essas ligações. E, sempre que possível, verifique a informação diretamente com a fonte oficial, ligando você mesmo para o número da empresa, disponível no site.
No mundo digital, não é preciso estar online para ser vítima de um golpe. Basta atender uma ligação. O telefone continua sendo uma das ferramentas mais exploradas por golpistas e a melhor defesa é a desconfiança crítica, a informação e a calma. Quando o número for desconhecido, o melhor a fazer pode ser simplesmente não atender.
(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras.
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