Um editorial recente questiona a aproximação do governo Lula com a Rússia, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia. O artigo critica a postura do presidente brasileiro, levantando dúvidas sobre a isenção do Brasil e os reais motivos por trás das relações diplomáticas e econômicas com Putin.
O editorial questiona a capacidade do Brasil de mediar a paz entre Rússia e Ucrânia, citando a falta de assento no Conselho de Segurança da ONU e a distância geográfica de Brasília do conflito. Além disso, ressalta que a Ucrânia vê Lula como parcial, o que compromete qualquer tentativa de mediação.
"O Brasil não tem assento no Conselho de Segurança da ONU, Brasília fica a mais de 10 mil quilômetros do cenário de guerra, e os ucranianos consideram Lula parcial. Não há motivo para ser ouvido como parte isenta." diz o texto.
As justificativas econômicas para a aproximação com a Rússia, como o comércio de fertilizantes e diesel, também são alvo de críticas. O editorial sugere que esse tipo de ligação é comum em países com regimes questionáveis, como Coreia do Norte, Venezuela ou Irã, levantando a questão sobre o "grupo de amigos" que o Brasil deseja ter.
A ideologia de esquerda do governo Lula é apontada como possível explicação para a relação amistosa com a Rússia. O editorial questiona se o apreço pela democracia, frequentemente mencionado pelos apoiadores do presidente, é flexível e adaptável à conveniência ideológica.
"A única explicação para o presidente de uma democracia pujante como a brasileira participar de tal pantomima em má companhia é que seu apreço pela democracia ? tão propalado pelos apoiadores ? flutua segundo a conveniência e a ideologia." enfatizou O Globo.
Não
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