Foto crédito Tacilla Medrado
(*) Taciano Medrado
Sou morador do bairro Castelo Branco, e o que tenho presenciado diariamente são matilhas de cães circulando pelas ruas e avenidas do bairro e muito deles bravios que ameaçam atacar quem faz suas caminhadas matinais.
A presença constante de matilhas de cães nas avenidas e ruas do bairro Castelo Branco, em Juazeiro (Bahia), mais precisamente nas avenidas das Nações e Bahia, escancara uma ferida urbana que há muito tempo sangra sem tratamento eficaz: o abandono animal e a negligência do poder público. Diariamente, moradores convivem com o medo de ataques, acidentes de trânsito e a transmissão de doenças, enquanto os cães vagam famintos, doentes e desamparados.
É importante reconhecer que esses animais não são os vilões da história. São vítimas de uma cadeia de irresponsabilidades: tutores que os abandonam, ausência de políticas públicas eficazes de controle populacional e a total omissão do Estado quanto ao acolhimento e à saúde animal.
O resultado é visível — não apenas no aumento das matilhas, mas no impacto direto sobre a qualidade de vida da população local que convive com as constantes ameaças de um ataque.
As ruas do bairro Castelo Branco, como tantas outras periferias urbanas brasileiras, se tornaram palco de um descaso institucionalizado. A falta de campanhas de castração, a inexistência de abrigos públicos adequados e a ausência de programas de adoção responsável alimentam um ciclo que parece não ter fim. Enquanto isso, moradores se dividem entre a compaixão e o receio, entre oferecer um pedaço de pão e se proteger de um possível ataque.
Mais do que um problema de saúde pública, trata-se de uma questão de ética coletiva. O abandono de animais é um reflexo da forma como tratamos o que é vulnerável. É urgente que a prefeitura de Juazeiro, em parceria com ONGs, veterinários e a comunidade, implemente ações concretas e contínuas. Sem isso, continuaremos assistindo a um triste desfile de cães pelas avenidas — uma matilha que, na verdade, é um grito de socorro.
Não é a primeira vez que no TMNews do Vale publica matéria sobre o assunto e chamando a atenção para as autoridades competentes do município. depois não venham dizer que não sabiam do grande problema que hoje toma contas de ruas e avenidas de Juazeiro.
(*) Professor, redator-chefe e morados do Castelo Branco
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