(*) Valter Bernat
As pesquisas sobre a desaprovação do governo estão bombando mais do que roubo de celular. É uma atrás da outra. Não dá nem para respirar. E o governo reage como? Com “geniais” medidas imediatistas e conjunturais. Qualquer coisa – crédito ou consumo – que possa reverter o cenário rapidamente. Planejamento, estratégia, políticas estruturantes de médio e longo prazo? Nem pensar. Não é para o nosso bico. Isso deve ser coisa de Primeiro Mundo.
Vejo o comportamento do presidente como o de um gato agarrado em uma cortina: quanto mais ele mexe, mais estraga o tecido. Quanto mais ele fala, mais aumenta a desaprovação.
Recentemente, fez apologia à suposta beleza de Gleisi Hoffmann, a companheira escalada para atuar junto ao Congresso. Em outra declaração inconveniente, ele disse que “mulher de Lula não nasceu para ser dona de casa”, o que denota um desprezo pelas mulheres que cuidam da casa e da família!
É fato que governo impopular paga mais caro quando vai barganhar com o Congresso, mas ansiedade é receita para o fracasso, seja na vida ou na política.
Lula deve estar com as barbas de molho. Esforços têm sido em vão no que diz respeito à retomada de sua popularidade. É claro que um presidente com 3 mandatos tem, inquestionavelmente, representatividade. Mas Lula é verborrágico! Talvez, bem cheio de si, pelo desempenho que lhe deu o tri, foi seguindo com alguns percalços. Lula fala muito e de improviso, até deu aval à primeira-dama para falar o que quisesse… Meu Deus!
O governo prossegue com a farra irresponsável e insana de gastos e medidas eleitoreiras, mesmo sem ter recursos para “viabilizar o crescimento do Brasil”, leia-se: para melhorar sua popularidade. Mais alguns exemplos:
A gastança começou por meio de aumento no valor do Bolsa Família. Depois ampliaram o número de famílias no Auxílio-gás, passando das atuais 5,5 milhões para quase 21 milhões, num gasto estimado em R$ 3 bilhões. Ainda neste segundo trimestre, um novo item do pacote de bondades destinado à classe média, que continua virando o rosto para os acenos de Lula, vai criar mais uma faixa do “Minha Casa, Minha Vida” para aquelas famílias com renda até R$ 14 mil, quase o dobro do atual teto de R$ 8 mil.
O desvio de finalidade destas medidas é evidente, pois é explícita a camuflada compra de votos travestida de ações sociais, para tentar mitigar a rejeição de 56% ao presidente Lula.
E não adianta pôr a culpa na comunicação, pois, nem se o falecido Chacrinha, que é considerado o maior dos comunicadores, fosse o ministro da Secom, conseguiria resolver os problemas do governo com as falas improvisadas de Lula.
Para tudo na vida há uma explicação. Se a cada pesquisa realizada, aumentam os índices de desaprovação ao governo Lula, é porque há, na minha opinião, dois fatores principais que estão corroborando para que isso aconteça.
Um é a segurança! Atualmente, ninguém se sente seguro ao sair de casa para trabalhar. O outro é a inflação, com os preços dos alimentos aumentando a cada dia nos supermercados.
O presidente deveria ficar calado e abraçar o combate à violência e à inflação, deixando as declarações para seu marqueteiro! Enquanto isso, os ovos, o tomate, o café, a carne, o leite e por aí vai, alheios a tudo, continuam a subir.
2026 está à porta! “O homem é senhor do que pensa e é escravo do que fala!”
Na prática, colocaram a desaprovação do governo Lula em um carrinho de rolimã e empurraram ladeira abaixo. Segura, Sidônio!
(*) Advogado, analista de TI e editor do site O Boletim
Não
deixe de curtir nossa página Facebook e também Instagram para
acompanhar mais notícias do TMNews do Vale (Blog do professor TM)
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do TMNews do Vale (Blog do professor TM) Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário