Foto reprodução : X/Tesla
(*) Pedro Silvino
A inteligência artificial está remodelando o mercado de trabalho em uma velocidade inédita — e os impactos já são sentidos em diferentes setores. Um levantamento do Fórum Econômico Mundial estima que mais de 90 milhões de empregos devem se tornar obsoletos até 2030, o que representa cerca de 8% da força de trabalho global.
As funções mais ameaçadas são aquelas baseadas em tarefas repetitivas e previsíveis, facilmente substituíveis por algoritmos.
Funções que podem desaparecer
Segundo estudo da consultoria McKinsey, profissões como assistentes administrativos, operadores de caixa e contadores estão entre as mais vulneráveis. A automação de processos vem ganhando espaço nesses setores, reduzindo custos e aumentando a eficiência — mas também eliminando postos de trabalho. Outros cargos em risco incluem operadores de telemarketing, agentes de viagens e trabalhadores da área de logística.
Ao mesmo tempo, estima-se que cerca de 170 milhões de novas vagas possam surgir, especialmente em áreas digitais, tecnologia, energia limpa e saúde. O saldo líquido, segundo projeções otimistas, pode ser positivo, mas dependerá da capacidade de adaptação dos trabalhadores.
Impactos de gênero e inclusão
Na América Latina, até 38% dos empregos podem ser transformados pela IA generativa, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Mulheres jovens, urbanas, com escolaridade e inseridas no setor formal são as mais expostas. Isso porque cargos fortemente femininos — como os de atendimento ao cliente, recrutamento e análise de contratos — estão entre os mais automatizáveis.
Especialistas alertam que a subrepresentação feminina e racial na área de tecnologia pode alimentar algoritmos com vieses históricos. Casos como o da Amazon, que desativou uma IA de recrutamento por discriminar mulheres, mostram a urgência de políticas afirmativas e supervisão humana na aplicação dessas ferramentas.
O futuro exige intencionalidade
Para que a IA seja uma aliada — e não um fator de exclusão —, especialistas defendem investimentos em requalificação profissional, mapeamento de competências e diversidade nos dados utilizados para treinar os sistemas.
“O futuro do trabalho não é só tecnológico, é também humano”, resume Luana Génot, do Instituto Identidades do Brasil.
O uso responsável da tecnologia, combinado com ações afirmativas, pode criar um novo cenário mais equitativo.
Fonte: Diário do Comércio
(*) Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.
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