O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula 3, vem se desenhando como um dos momentos mais conturbados e contraditórios da política brasileira contemporânea. Após retornar ao poder sob a bandeira da "reconstrução do Brasil", o que se vê é uma escalada de retrocessos, populismo disfarçado de inclusão social e um governo sem rumo claro, mergulhado em alianças fisiológicas e promessas não cumpridas.
Para ratificar as análises desse artigo opinativo, segundo o portal de notícias Poder 360, um levantamento publicado pela Paraná Pesquisas nesta quarta-feira (23) apontou que 57,4% dos eleitores nacionais desaprovam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além disso, 48% avaliaram a gestão como ruim ou péssimo.
Sobre a aprovação do presidente, 39,2% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram que aprovam a administração petista, enquanto 3,4% não souberam responder. No caso da avaliação, 11,3% afirmam que a gestão é ruim e 36,7% disseram ser péssima. 18,8% avaliaram como boa e 7,8% como ótima. Dentre os entrevistados, 24,4% afirmaram que o governo é regular e 1% não soube responder.
Ao assumir o cargo em 2023, Lula prometeu estabilidade, crescimento econômico e pacificação nacional. No entanto, o que se instalou foi um governo dividido, com ministros desalinhados, decisões incoerentes e uma incapacidade gritante de dialogar com o Brasil real — aquele que vive fora das bolhas ideológicas e dos palácios de Brasília.
A economia, longe de dar sinais de recuperação consistente, sofre com a instabilidade política e a falta de reformas estruturais. A tentativa de aumentar o Estado em um cenário fiscal já pressionado é uma bomba-relógio. O discurso social não é mais suficiente para encobrir o aumento da informalidade, o desemprego velado e a perda do poder de compra da população.
Além disso, o governo Lula 3 revive práticas antigas que muitos brasileiros esperavam ter superado: o toma-lá-dá-cá com o Congresso, a nomeação de aliados políticos para cargos estratégicos e a falta de transparência em negociações bilionárias, como as que envolvem a Petrobras e o BNDES. O retorno de figuras carimbadas de escândalos anteriores apenas reforça a percepção de que o Brasil está preso a um ciclo vicioso de corrupção institucionalizada.
No campo internacional, a política externa se tornou palco de vexames diplomáticos e alinhamentos ideológicos ultrapassados. Lula prefere bajular regimes autoritários e minimizar violações de direitos humanos a se posicionar com clareza sobre valores democráticos e liberdade. Isso compromete não só a imagem do Brasil no mundo, mas também sua capacidade de atrair investimentos e confiança internacional.
O pior, porém, é o descolamento da realidade. Enquanto o povo enfrenta filas no SUS, escolas sucateadas e insegurança nas ruas, o governo se ocupa com pautas de conveniência ideológica, ignora os problemas reais e demoniza qualquer crítica como "ódio da elite". A autocrítica, que deveria ser uma virtude de quem já errou tanto no passado, é inexistente.
Se nada mudar, o governo Lula 3 poderá, sim, ser lembrado como o maior desastre da história política brasileira — não apenas pelo que fez, mas pelo que deixou de fazer quando o país mais precisava de responsabilidade, equilíbrio e visão de futuro.
Uma sombra chamada Bolsonaro
Nesta terça-feira (22), a Paraná Pesquisas já havia divulgado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a intenção de voto para a Presidência da República com 18,2%.
O presidente Lula aparece em segundo lugar, com 17,%. Mesmo liderando na pesquisa, Bolsonaro está inelegível.
Apesar de a pesquisa apontar uma possível derrota para Bolsonaro, o petista aparece como o primeiro colocado em cenários que envolvem a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD)
Para a pesquisa, foram ouvidos 2020 eleitores em 26 Estados e Distrito Federal e em 160 municípios. As entrevistas foram feitas de maneira presencial entre os dias 16 e 19 de abril de 2025. A confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
(*) Professor e analista político
Não
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