(*) Bruno Cesar
Você já parou para pensar se realmente protege seu celular de forma adequada? Não basta apenas cuidar do aparelho fisicamente. Em tempos de ataques digitais cada vez mais sofisticados, é fundamental adotar medidas de segurança, como autenticação em dois fatores, atenção ao que se consome nas redes sociais e o cuidado com arquivos recebidos em aplicativos de mensagens.
Hoje, uma ameaça silenciosa está ganhando espaço: o ataque “clique zero”. Diferente dos golpes tradicionais, ele não exige que o usuário clique em links ou baixe arquivos suspeitos. Basta receber uma mensagem no WhatsApp ou Telegram, e pronto — o aparelho pode ser infectado. Esses ataques aproveitam falhas nos próprios aplicativos e inserem códigos maliciosos em arquivos aparentemente inofensivos, como uma imagem ou um PDF. O aplicativo, ao processar esse conteúdo, executa automaticamente o código, sem que o usuário perceba.
E aí mora o perigo: é quase impossível identificar que algo está errado. Os sinais são mínimos — uma lentidão repentina ou uma falha ocasional — e muitas vezes passam despercebidos. Esse tipo de malware, inspirado em softwares de espionagem de alto nível como o Pegasus, é projetado exatamente para ser invisível.
Mas a boa notícia é que dá para se proteger. Um dos primeiros passos é impedir que seus aplicativos processem arquivos automaticamente — desative essa função nas configurações. Evite também participar de grupos desconhecidos ou com pessoas que você não conhece, e nunca abra arquivos enviados por contatos suspeitos. Se receber algo estranho, apague a conversa e bloqueie o contato imediatamente.
Reiniciar o celular com frequência também ajuda, pois essa ação pode eliminar malwares temporários e agilizar atualizações de segurança. E claro, mantenha sempre seus aplicativos e sistema operacional atualizados. Isso reduz as chances de que brechas conhecidas sejam exploradas.
A autenticação em dois fatores continua sendo essencial. Apesar de não evitar o “clique zero”, ela dificulta a clonagem do seu WhatsApp ou outros serviços após uma infecção.
E lembre-se: o foco desses ataques não está limitado aos aplicativos de mensagens. Técnicas como essa já estão sendo adaptadas para e-mails, redes sociais e até apps bancários. Começam com espionagem e podem evoluir para roubo de senhas, dados sensíveis e até sequestro de informações.
O cenário de cibercrimes está em constante evolução, e por isso, é fundamental se manter informado, aprender sobre novas tecnologias e entender as tendências dos crimes digitais. Informação é a melhor forma de proteção.
(*) Bruno César Teixeira de Oliveira, com uma carreira sólida na gestão de riscos, compliance e prevenção a fraudes em instituições financeiras. Colunista do site carioca O Boletim.
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