Pela
imagem que ilustra este editorial, já dá pra ver que foi um “sucesso de
público” o 08/1 de Lula. Ele resolveu politizar um evento que seria
simplesmente da reposição dos itens destruídos no vandalismo de 8 de janeiro
passado. Não deveria ser um evento político!
Lula
ficou frustrado também, porque os presidentes dos Poderes Executivo e
Judiciário não compareceram, mandaram representantes. Os presidentes da Câmera
e do Senado, alegaram compromissos externos e não compareceram, assim como
Barroso do STF, por estar em mais uma viagem ao exterior.
Quem
acredita que as viagens e consequentes ausências não foram planejadas? Acho que
nem o menos bem informado acreditaria nisso. Óbvio que eles não queriam
participar da palhaçada que Lula armou na Praça dos Três Poderes.
Com a
coisa pegando fogo na economia, Lula resolver patrocinar, politicamente, o
evento, que, como visto, foi um fracasso e, de novo sem teleprompter, falou
besteira. O petista disse que “os homens seriam mais apaixonados pelas amantes
do que pelas suas mulheres: somente em um processo democrático a gente pode
conquistar isso. É por isso que eu sou um amante da democracia”. Janja,
balançou a cabeça negativamente com estas palavras. Deve ter dormido de calça
jeans nesta noite. rs
Lula
fechou o evento com chave de ouro, não? Bela maneira de iniciarmos 2025!
RepercussõesBolsonaro
publicou um vídeo em que ironiza a fala de Lula: “Esse é o chefe da nação que
fala em família”?
O
deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou em suas redes sociais um
trecho de um vídeo que mostra a declaração do petista com a legenda “inaugurada
a nova temporada de gafes”. A publicação do parlamentar faz alusão às gafes que
o presidente acumula desde a campanha presidencial de 2022, como mostrou o
jornal Folha de S.Paulo.
Lula
sofre, segundo disse Claudio Couto, professor de ciência política da Fundação
Getúlio Vargas, “de um sério problema de incontinência verbal. E essa
incontinência verbal que o atinge, beneficia seus adversários”.
Ainda
falando do governo Lula, agora sobre a economia.
Haddad
pode fazer o que quiser em termos de mensagens de austeridade fiscal. Prometeu
que num futuro próximo, como consequência das regras do “arcabouço fiscal”,
estabilizaria a dívida, que continua crescendo.
Em
consequência de tudo o que se passou em 2024, principalmente na área fiscal,
Lula resolveu demitir Paulo Pimenta e nomear seu marqueteiro de campanha, o
homem da propaganda, como o novo Secretário de Comunicação, com status de
ministério. Pelo menos agora, colocou um profissional da área, marqueteiro,
algo inédito. João Santana e Duda Mendonça, antigos marqueteiros políticos, não
foram ministros. Eram “conselheiros” e participavam, mas não tinham cadeira.
O João
Santana da vez, é Sidônio Palmeira. Ele tem um recado muito claro “com Haddad e
sem Haddad”. Sidônio Palmeira vem pro governo para comunicar em 2025, no ano
véspera da eleição. Ele vem para comunicar a austeridade fiscal, um novo
programa de contenção de gastos. Novo? O antigo nem decolou e já teremos um
novo?
Vamos
conter as despesas? Vamos no ritmo da contenção? Claro que não! Lula não
aceitará parar ou reduzir seus programas populistas e os demais poderes jamais
aceitarão qualquer redução em seus orçamentos. Isso é um indicativo de que
vamos expandir os gastos.
Esta é a
provocação que eu que eu faço. O Haddad investiu na ideia de que temos
problemas na comunicação. Tirou seu corpo fora sobre a sua própria comunicação.
Projetou Simone Tebet num cenário em que o governo Lula, para quem acreditasse,
fosse o governo da “PEC da Transição”? Alguém se lembra desta PEC? Dizia que
Lula cortaria despesas e faria um investimento firme numa reforma fiscal. Nada
disso foi feito.
Daí, deu
no pacotinho fiscal. O “troço” foi aprovado no Congresso e o mercado não
gostou. Lula reclamou do mau humor e da má vontade do que chamamos de mercado.
Ao
contrário, eu acho que o mercado está tendo boa vontade com o governo Lula,
porque já estão namorando com as promessas de um “futuro próximo” de
austeridade. Um futuro de contenção da dívida pública. Que futuro próximo, é
esse? Esta é a pergunta que faço, considerando que, agora, o marqueteiro está
aí para fazer campanha e para botar o bloco na rua.
O futuro
próximo é 2027 é o próximo governo, qualquer que seja ele, para enfrentar a
realidade, é desagradável dizer que não se pode iludir.
Nunca se
poderia ter acreditado em reforma fiscal do governo Lula, considerando que esse
governo começa com a PEC da Transição, já esquecida. Foram mais de 150 bilhões
de reais jorrados na economia, com aval do Parlamento, jorrando dinheiro na
economia e gerando um bem-estar que é esse que se tem agora, ou seja, nenhum!
É a
indução artificial do crescimento. Um voo de galinha! Os números do PIB mostram
que isso não é sustentável nem a médio e muito menos a longo prazo.
O
marqueteiro – Sidônio – vem tentar embalar um produto de sustentação nesse voo
de galinha. O voo de galinha a gente conhece bem no Brasil. Já vimos várias
vezes. A galinha arma um voo poderoso, parecendo um gavião, um falcão ou uma
águia. Mas ela se esborracha logo ali na frente e não é bonito quando ela cai.
A ideia
do marqueteiro é empurrar esse tombo para 2027. O acerto de contas passa por
2025, investindo no para-fiscal, aumentando os gastos, sustentando esse cenário
artificial. E aí chega 2026, contando com o Parlamento que nunca falta em razão
das emendas liberadas. Nessas horas para fazer uma PEC kamikaze, como aquela
que deram para Bolsonaro em 2022.
A ideia é
gerar um bem-estar artificial ou sustentar esse crescimento e se reeleger em
2026. Vai ser a mesma coisa. Vai ter outra PEC kamikaze para tentar se
reeleger. Mas a conta não está fechando. Não fecha desde o começo. O arcabouço
fiscal é “nat morto”. É furado. Você tem que aumentar a receita.
A
arrecadação está atrelada aos gastos obrigatórios. Então, se você aumenta a
arrecadação para rebater o aumento da despesa. É o cachorro correndo atrás do
seu rabo. O Arcabouço Fiscal já nasceu furado, mas o governo escolhe acreditar
nas metas fiscais cumpridas(?). Gente, que lugar é esse? Esta conta não fecha!
Eu tenho
uma meta: não entrar no cheque especial. Faço tudo para cumprir a minha meta.
Só que o cumprimento da meta de Lula não serve para aferir o termômetro da
dívida pública. Como é que o governo está batendo a meta se a dívida pública
não para de crescer. São muitas questões incômodas.
O ano já
começou. Eu não sou otimista, e repito: já vi este filme algumas vezes no
Brasil.
E nesses
dias em que Lula tem falado de amante e marido, a gente tem que pensar nos
“traídos”. Quem são os “traídos”?
Os
“traídos” somos nós, que estamos pagando o café, a carne e o azeite mais caros
no mercado. Quem não entregou nem a picanha, já está prometendo filé mignon. O
povo tá roendo o osso.
(*) Advogado, analista de TI e editor do site O Boletim
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