Se
arrependimento matasse, o ministro Paulo Pimenta (PT-RS), que trocou a
Secretaria de Comunicação Social da Presidência pela Secretaria Extraordinária
de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, estaria morto. Foi ele que pediu
para trocar de lugar.
Imaginou
que as águas baixariam mais rapidamente e que sua tarefa duraria por lá de três
a quatro meses; ou cinco meses, no máximo. Durante esse período, ficaria na
ponte-aérea Brasília-Porto Alegre, ou Brasília-Canoas, e no foco da cobertura
diária da mídia.
Para
quem tem a pretensão de candidatar-se ao governo do Rio Grande do Sul daqui a
dois anos, e com chances de se eleger, nada seria melhor. Mas, infelizmente,
não está sendo. A missão de Pimenta, a não ser que ele a dê por encerrada a
qualquer momento, irá longe.
E
a mídia, essa ingrata por natureza, prefere inteirar-se da missão por meio de
informações que colhe junto ao governo federal. No plano original de Pimenta,
missão cumprida, ele voltaria a ocupar o cargo que já foi dele, com gabinete
bem próximo ao de Lula no Palácio do Planalto.
Voltará? Só Deus e Lula podem saber. E, no caso de Deus, ele evita se meter nas decisões de humanos. Que errem ou acertem por sua própria conta e risco. A Secretaria de Comunicação Social não poderá ficar por muitos meses nas mãos de um interino, como está hoje.
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Reforma
ministerial, que atende por esse nome, só deverá acontecer no primeiro
trimestre de 2025. Deverá refletir os resultados das eleições municipais deste
ano e das eleições para presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, em
fevereiro.
David
Alcolumbre (União Brasil-AP) para presidente do Senado é pule de 10. Só o acaso
o impedirá de se eleger. Para presidente da Câmara, o jogo segue indefinido, e
tudo pode acontecer até a véspera se antes disso Lula e Arthur Lira (PP-AL) não
se entenderem; está difícil.
Lira,
por exemplo, aceita que Lula vete um dos nomes que ele escolha, mas não será
tão simples assim. O que Lira oferece a Lula é o que ele já tem – poder de veto
se não houver acordo. Lira quer mais do que fazer seu sucessor – quer ser
ministro de Lula ou indicar mais um ministro.
Lula
quer na presidência da Câmara alguém que atenda aos seus pedidos. Esse alguém
não pode dever sua indicação única ou preferencialmente a Lira. Daí o impasse.
Ou “ímpasse”, que, segundo um vereador de Fortaleza dos anos 50, é um impasse
sem saída.
Pimenta
sente falta de acompanhar de perto e em posição privilegiada o que se passa nas
entranhas do poder, e de ser ouvido. Agora, é tarde, e Inês está morta. Inês só
não está completamente morta porque Lula, ontem, ao visitar o Rio Grande do
Sul, lançou uma bóia em direção a Pimenta.
Disse
aos gaúchos:
“Vocês
têm o Pimenta, que vai ficar aqui até resolver o problema. Quando não tiver
mais problema, eu o levarei de volta a Brasília para me ajudar na comunicação.
Mas enquanto não resolver, ele estará aqui”.
Fonte: Blog
do Noblat
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