O
Brasil ocupa a sexta posição mundial em número de pessoas com diabetes.
Especialista IDOMED destaca a importância da conscientização e do diagnóstico
precoce.
O
dia 26 de junho, é considerado o Dia Nacional do Diabetes, uma data dedicada à
conscientização sobre uma das doenças crônicas mais prevalentes no Brasil.
Segundo dados recentes do Departamento de Saúde Pública, o número de
brasileiros com diabetes atingiu a marca de aproximadamente 20 milhões. Esta
estimativa é baseada no último levantamento do Vigitel, que indicou uma
prevalência de 10,2% de diagnóstico autorreferido de diabetes entre os
habitantes das 27 capitais do país.
A
Federação Internacional de Diabetes (IDF) corrobora com essa informação,
apontando uma prevalência de 10,5% no Brasil. Dentre os tipos de diabetes, o
Tipo 2 é o mais comum, representando 90% dos casos. Este tipo ocorre quando o
corpo não utiliza adequadamente a insulina que produz, ou não a produz em
quantidade suficiente, levando a um aumento da glicemia. Os principais fatores
de risco incluem obesidade, dieta não saudável e falta de atividade física. O
diabetes Tipo 2 é mais frequente em adultos, mas devido ao aumento da obesidade
infantil, também tem sido diagnosticado em jovens.
O
diabetes Tipo 1, que corresponde de 5 a 10% dos casos, é uma condição autoimune
em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis
pela produção de insulina. Este tipo geralmente se manifesta na infância ou
adolescência e requer tratamento contínuo com insulina, além de dieta e
exercício físico.
O
Brasil ocupa a sexta posição mundial em número de pessoas com diabetes e a
terceira em casos de diabetes Tipo 1, de acordo com a IDF. Esta condição é
caracterizada pela hiperglicemia, ou elevação da glicose no sangue, que ocorre
devido a problemas na secreção ou ação da insulina.
A
endocrinologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Dhiãnah
Santini, destaca a importância da conscientização e do diagnóstico precoce:
"Como o diabetes tipo 2 é uma doença silenciosa, os sintomas podem demorar
anos para se manifestar. Campanhas de conscientização são essenciais para
alertar sobre os fatores de risco e a necessidade de rastreamento. Diagnóstico
e tratamento precoces são cruciais para prevenir complicações e reduzir a
expectativa de vida. Todos os adultos acima de 45 anos devem fazer o
rastreamento do diabetes, assim como jovens com fatores de risco, como
sobrepeso, hipertensão, colesterol alto e histórico familiar de diabetes".
A
especialista, que também é diretora de educação e campanhas da Sociedade
Brasileira de Diabetes, enfatizou os sinais de alerta para o diabetes: "No
diabetes tipo 1, os sinais são cansaço extremo, perda de peso inexplicável,
fome e sede intensas, urinar com frequência, visão embaçada e irritabilidade.
No diabetes tipo 2, a progressão é mais lenta e os sintomas podem ser menos
perceptíveis. Para o diagnóstico, exames como a curva glicêmica, glicemia de
jejum e hemoglobina glicada são fundamentais”.
Texto e foto: Assessoria Edusaúde
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