Foto ilustrativa - Internet/Google
(*)
Taciano Medrado
O
Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu nesta quarta-feira (26) o parâmetro
de 40g ou seis plantas fêmeas como critério para diferenciar usuários de
traficantes de maconha, no julgamento que descriminalizou o porte da droga para
consumo próprio.
Será que os ministros do STF que aprovaram essa dosimetria para o uso legal da maconha conhecem matemática e a dimensão que essas 40 gramas/usuário irá dá no incremento na produção da erva Cannabis Sativa?
Estimativa de usuários
da maconha no Brasil
A estimativa de usuários de maconha no Brasil varia de acordo com diferentes fontes e metodologias de pesquisa.
Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e
Drogas (LENAD) realizado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em
2012, cerca de 7% da população brasileira relatou ter usado maconha pelo menos
uma vez na vida, o que corresponde a aproximadamente 11 milhões de pessoas.
Além disso, cerca de 3% da população relatou uso no último ano, o que seria
cerca de 4,5 milhões de pessoas.
Estudos
mais recentes podem apresentar números atualizados, mas esses dados fornecem
uma base aproximada do uso de maconha no Brasil.
A matemática da descriminalização da maconha
Em gramas
Se
a estimativa é de cerca de 4,5 milhões de usuários no país, e se cada um pode portar para consumo próprio 40 gramas de maconha, teremos:
4.500.00o
usuários x 40 gramas = 180.000.000 de gramas
Transformando para quilograma, temos: 180.000.000: 1.000 = 180.000 kg ou 180 toneladas.
Em número de plantas
De acordo com a dosimetria estabelecida pelo STF, para cada usuário seria necessários 6 plantas fêmeas. Então , para atender os 4,5 milhões, seria necessários se cultivar 27 milhões de plantas
Conclusão:
Para atender a demanda de usuários no país seriam necessários produzir 180 toneladas de maconha, o equivalente ao cultivo de 27 milhões de plantas.
OBS: Os cálculos matemáticos foram feitos com base nos dados de 2012 disponibilizados pelo (LENAD) realizado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e os números atuais podem ser muitos maiores.
(*)
Professor de matemática e Engenharia Econômica
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