Em
locais de escassez de água, o foco não é apenas na gestão do abastecimento de
água, mas no uso eficiente dos recursos hídricos disponíveis. Uma vez que mais
de 70% da água que consumimos em todo o mundo vai para a agricultura, e que
haverá cerca de 11 mil milhões de bocas para alimentar até 2100, melhorar a
eficiência de irrigação terá um impacto potencialmente significativo no uso
global de água.
Os
sistemas de irrigação gota a gota, desenvolvidos pela Netafim no deserto de
Negev, em Israel, envolvem a focalização precisa de água e nutrientes para a
planta e raiz. Isso evita que a água seja desperdiçada no resto do solo e
otimiza as condições de humidade e ventilação, resultando numa maior
produtividade e significativa poupança de água, energia e fertilizantes. Assim,
a irrigação gota a gota é um componente chave na agricultura inteligente que é
importante para melhorar o destino dos povos e das comunidades.
Em
Israel, mais de 75% da agricultura irrigada utiliza a irrigação gota a gota.
Quase 85% dos efluentes de Israel são reciclados, posteriormente purificados em
bacias por oxidação aeróbia e anaeróbia e enviados para reservatórios de
armazenamento para as necessidades agrícolas, melhorando a resistência contra a
seca.
A
irrigação gota a gota converteu o deserto israelita em terrenos agrícolas e
está a fazer o mesmo um pouco por todo o mundo. Por exemplo, a irrigação gota a
gota foi adotada para prevenir a seca/inundações na Califórnia, e para a
prática de agricultura economicamente viável na Índia.
A
integração da irrigação gota a gota nas tecnologias digitais agrícolas reforça
ainda mais as vantagens sustentáveis deste sistema. A plataforma NetBeat da
Netafim™ é um exemplo de tecnologias de ‘agricultura inteligente’. Usando
sensores em campo, o sistema recolhe em tempo real dados de colheitas e
meteorológicos, analisa-os na nuvem utilizando modelos de colheita sofisticados
e, em seguida, dá aos agricultores recomendações automatizadas que permitem
otimizar as decisões de irrigação, fertirrigação e proteção das culturas. O
resultado é uma melhoria da capacidade dos agricultores de produzirem mais,
utilizando menos água e outros.
O
exemplo de Israel
60%
de Israel é deserto. O resto é semiárido. A economia hídrica está sempre à
beira da catástrofe. Nos últimos anos, as reservas de água de Israel têm caído
abaixo de todas as linhas vermelhas e foram tomadas medidas drásticas de curto
prazo: Taxação diferencial da seca e proibição de irrigação por outros meios
que não a água residual reciclada. Israel adotou uma política coordenada para
superar os desafios da escassez de água. Isto incluiu um enquadramento jurídico
claro, uma gestão integrada da água, uma sociedade de poupança de água,
Economia de água, Tecnologia e Inovação.
Reciclagem
de águas residuais
60%
da água de irrigação vem de águas residuais. Israel reutiliza 90% dos seus
efluentes. As razões para a reciclagem são óbvias: Novos recursos hídricos
limitados, alívio na procura de água potável, reduzir a poluição de rios e
estuários e oferecer o fornecimento fiável de água à prova de seca. Existem
obstáculos à reutilização de águas residuais, tais como o custo, a perceção do
público, a falta de orientações regulamentares, mas não há aqui nenhum problema
técnico, e as cidades precisam de fornecer uma solução para os seus efluentes.
A
água é essencial para as smart cities, em diversos aspetos: parques e
jardins, segurança alimentar e agricultura urbana, edifícios verdes, uso de
água urbana. Em parques e jardins, utilizamos a irrigação. Acompanhamos e
controlamos a humidade do solo e plantas, utilizando dados cloud-based. Em
edifícios verdes recolhemos a água da chuva, tratamos a água, gerimos lagoas,
telhados verdes e jardins de chuva. Monitorizamos e controlamos a nossa água
potável, águas pluviais e águas residuais.
A
agricultura urbana é uma resposta à crescente urbanização e responde à urgente
questão da segurança alimentar. Quintais e hortas comunitárias, estufas –
residenciais, comerciais ou comunitárias, jardins nos terraços, paredes verdes
e quintas verticais.
Existe
uma relação clara – comida – água – energia. As cidades inteligentes precisam
seguir os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). É nosso dever fazer
andar a economia circular. A tecnologia e a inovação são necessárias. A oferta
de tecnologias climáticas inteligentes e disruptivas podem ser disseminadas
para outras cidades.
Os
ODS devem ser a nossa bússola. Eles ajudam-nos a construir a nossa estratégia e
alcançar o nosso objetivo.
Fonte: Agroportal
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